Mitos e verdades sobre higiene feminina

Especialista explica o que é indicado para manter a saúde íntima da mulher

Parte essencial e indispensável do cotidiano das mulheres, a higiene da região íntima ainda apresenta diversas dúvidas de quais cuidados adotarem ou não, já que a anatomia genital é mais recolhida da mulher o que propicia infecções urinárias e a proliferação de fungos e bactérias.

Para esclarecer o que é mito ou verdade, a ginecologista e obstetra Maria Elisa Noriler responde questões corriqueiras do dia a dia feminino:

1- Usar lenço umedecido para se limpar é melhor do que papel higiênico.
Mito, desde que a região seja bem limpa com o papel higiênico. O uso contínuo dos lenços pode causar irritações ou reações de hipersensibilidade.

2- Se limpar de “frente para trás” é melhor para evitar infecção de urina.
Verdade, evita a passagem de fezes para a saída do canal da urina, o que pode desencadear infecções.

3- A limpeza no banho é suficiente lavando apenas a parte externa da vagina.
Verdade, não há necessidade de duchas vaginais, pois ela pode alterar a flora vaginal e também a própria vagina se encarrega de fazer a limpeza interna naturalmente.

4- Ter corrimento é normal.
Verdade, desde que seja incolor e sem cheiro. Caso contrário pode ser sinal de infecção.

5- Utilizar protetor de calcinha diariamente pode desencadear infecções.
Verdade, pois o abafamento propicia crescimento de fundos e bactérias anaeróbias.

6- O uso de sabonetes específicos regula o PH da região.
Mito, é indicado o uso de sabonetes íntimos apenas para as pacientes que tem alergias a outros sabonetes. Para o dia a dia apenas água e sabonete comum já é o suficiente.

7- É aconselhável a retirada de todos os pelos pubianos.
Mito, pois a função do pelo é proteger a região. Muitas pacientes desenvolvem processos pruriginosos com a retirada total dos pelos.

8- É recomendado lavar a região mais de uma vez ao dia quando está menstruada.
Mito,  a maioria das mulheres tem o hábito de trocar o absorvente com certa frequência, logo não dá tempo para causar odores. É aconselhável ficar no máximo quatro horas com o absorvente, seja interno ou externo.

9- O uso de calças e/ou meia-calças muito apertadas comprime a região, abafando e favorecendo a proliferação de fungos e bactérias.
Verdade, dê preferência a roupas mais confortáveis e mais soltas. A região íntima precisa de ventilação.

10- É indicado o uso de calcinhas de renda ou lycra, pois facilitam a ventilação da região.
Mito, esse tipo de material abafa a região. O indicado é o uso de calcinhas de algodão para melhorar a ventilação e é aconselhável também dormir sem calcinha.

11- Lavar a calcinha durante o banho e deixar secando lá prolifera bactérias.
Verdade, o problema está em deixar a calcinha secando no banheiro, pois é um local úmido e não indicado para secar roupas devido à proliferação de fungos.

12- É preciso passar a calcinha.
Mito, pois se for bem seca não tem crescimento de bactérias.

Sobre a especialista:
Dra. Maria Elisa Noriler é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010 e também médica plantonista de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Joana e da Maternidade Pró Matre de São Paulo.

About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 140 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

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