Saiba tudo sobre `O Outro Lado do Paraíso`, nova novela da Globo

Cedo ou tarde a vida se encarrega de dar o troco. A crença de que um dia a justiça chega para todos pode ser o único caminho quando a esperança está por um fio. É a lei do retorno que entra em ação. ‘O Outro Lado do Paraíso’, próxima novela das nove, é uma história de amor, ambição e vingança. “Através da saga da heroína Clara (Bianca Bin) temos os elementos do folhetim clássico em uma estrutura romântica por excelência, mas com temáticas modernas”, define Walcyr Carrasco.

Ambientada no Tocantins, especialmente em Palmas e na região paradisíaca do Jalapão, a novela conta a história de Clara, que vive com o avô Josafá (Lima Duarte). “O Jalapão é um lugar mágico, um sertão diferente. Um local bem árido, com grandes cânions e, ao mesmo tempo, com cachoeiras, rios e fervedouros. É a natureza em estado puro. Nosso objetivo é conseguir captar toda a beleza da região”, explica o diretor Mauro Mendonça Filho.

A mudança no destino de Clara é selada quando ela conhece Gael (Sergio Guizé), herdeiro de uma família de Palmas que passa uns dias de férias no Jalapão. A atração entre os dois é imediata, e ela, sem dúvida do que sente, se entrega a essa paixão, que a levará do céu ao inferno.

Além do temperamento agressivo de Gael, Clara vai enfrentar ainda o maior de seus obstáculos para ser feliz: Sophia (Marieta Severo), sua sogra. Estrategista, a matriarca quer acabar com os planos de casamento do filho, mas muda de ideia ao descobrir que há esmeraldas nas terras do avô de Clara. Sophia enxerga nesta oportunidade a chance de salvar sua família da decadência e, para realizar todos os seus desejos, tem de convencer – ou forçar! – Clara e Josafá (Lima Duarte) a permitirem o garimpo de pedras no local.

Sophia é do tipo que desconhece empecilhos. Ela apoia o casamento do filho. Já em Palmas, finge ser amiga da nora todas as vezes em que Gael se descontrola e explode. Clara, sempre convencida de que é uma fase, perdoa o marido e acaba engravidando. O próximo passo de Sophia é tirar Clara do seu caminho, nem que para isso precise usar Gael. Com a ajuda de sua filha Lívia (Grazi Massafera), do psiquiatra Samuel (Eriberto Leão), do delegado Vinícius (Flavio Tolezani) e do juiz Gustavo (Luis Melo), Sophia executa um plano sórdido: isola Clara por dez anos em uma clínica psiquiátrica, numa ilha.

O tempo passa e Clara, agora ciente da armação, quer sua vida de volta. Fazer justiça e ter a oportunidade de retomar a convivência com o filho, herdeiro de todas as terras e o responsável pela fonte de riqueza da família de Sophia, passam a ser suas metas. Clara deseja fazer com que seus verdadeiros algozes paguem por anos de sofrimento e abandono. Todos que, manipulados e influenciados por Sophia, atestaram sua falsa insanidade no passado.

Com estreia no dia 23 de outubro, ‘O Outro Lado do Paraíso’ é uma novela de Walcyr Carrasco, com direção artística de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder.

 

Clara: nas mãos do destino 

Clara (Bianca Bin) não poderia imaginar que um encontro no campo de capim dourado, no Jalapão, seria capaz de mudar completamente sua vida. Romântica e muito simples, a jovem se divide entre dar aulas para crianças no quilombo da Formiga e ajudar o avô Josafá (Lima Duarte) em seu bar. Ao conhecer Gael (Sergio Guizé), um mundo novo se abre para Clara, que vai morar em Palmas.

Clara e Gael são totalmente diferentes. No jeito, no temperamento, na criação e na condição social. O que os liga é um grande amor, que ultrapassa todas essas barreiras. E o casamento não demora a acontecer. Gael não quer perder tempo e se agarra à possibilidade de ser feliz pela primeira vez na vida. Ele é um tipo impulsivo, que tem a emoção à flor da pele. Capaz de ser extremamente romântico e atencioso e, num curto espaço de tempo, mostrar também rompantes de agressividade. Ele acredita, no entanto, que com Clara pode ter a oportunidade de mudar.

Mas a relação dos dois alterna entre momentos de felicidade e brigas. A agressividade e o ciúme doentio de Gael, aos poucos, vão deixando Clara cada vez mais confusa em relação a este amor. A cada briga, ele se mostra arrependido, promete ser uma pessoa melhor… E o perdoa. Entre altos e baixos, ela engravida e tem a esperança de que o amor irá transformá-lo.

O sonho com “o príncipe gentil” não dura muito tempo. Gael passa a agredir Clara, que acaba sendo levada com frequência para o hospital de Palmas. São nesses episódios que Clara conta com o apoio do médico Renato (Rafael Cardoso). Clara e Renato se conhecem da época em que ela dava aulas no quilombo, no Jalapão, e ele fazia um trabalho voluntário naquela comunidade. Desde então, o médico nunca escondeu seus sentimentos: gosta de Clara e está sempre disposto a protegê-la.

 

Sophia: uma pedra no caminho 

O comportamento de Gael (Sergio Guizé) não é novidade para sua família. Ele tem um vasto histórico de agressão a mulheres que sempre foi acobertado por sua mãe. Sophia (Marieta Severo) é capaz até mesmo de incentivar o comportamento agressivo do filho, se isso lhe trouxer vantagens. É uma ambição que não tem limites.

Para evitar sua decadência financeira, ela não mede esforços. Viúva, mãe de três filhos, Gael, Lívia (Grazi Massafera) e Estela (Juliana Caldas), ela comanda o que resta dos negócios da família: fazendas de soja malsucedidas. Gael e Lívia não se interessam pelos negócios, mas gostam de viver intensamente, sem se preocupar com os gastos. Já Estela, que sofre todo tipo de preconceito da mãe por ser anã, é mantida longe de todos, estudando no exterior.

Ao saber que Gael quer se casar com uma jovem humilde, Sophia trata de agir rápido para tentar impedir. Mas, ao descobrir que Clara pode ser dona de terras repletas de esmeraldas, ela muda de tática e apoia a decisão do filho. Com o passar do tempo, Sophia pressiona Gael para que ele convença Clara a permitir a exploração das terras, em vão. Sophia então se aproveita do apego exagerado de Lívia pelo sobrinho e estimula que a filha permaneça na casa do irmão, como parte de um plano para separar o casal. Aos poucos, vítima de ações ardilosas da cunhada e da sogra, Clara se desestabiliza emocionalmente e começa a duvidar de sua própria razão.

É neste momento que Sophia vê a oportunidade de conseguir o que tanto deseja. Ela vai cobrar de muitos poderosos da cidade os favores que lhe devem e consegue a interdição de Clara, sem que Gael conheça suas verdadeiras intenções. De posse das provas forjadas que indicam que Clara sofre de graves problemas psicológicos, Sophia interna a nora numa clínica psiquiátrica. O destino de Clara é desconhecido por todos. Com isso, ela consegue também a tutela do neto Tomaz (Vitor Figueiredo), herdeiro das terras. E Lívia tem a chance de realizar o sonho de ser mãe através do sobrinho, já que nunca conseguiu gerar filhos.

 

A lei do retorno: os algozes e seus segredos

Internada numa clínica isolada num penhasco – uma verdadeira prisão –  Clara tem como único consolo a companhia de Beatriz (Natalia Thimberg), uma mulher culta e rica, que foi abandonada lá pela neta Fabiana (Fernanda Rodrigues). Durante os dez anos em que permanece no local, Clara aprende com ela idiomas, literatura, história da arte e cultura em geral. E as duas se tornam amigas e confidentes.

Beatriz revela que é dona de uma fortuna escondida num fundo falso de sua residência no Rio de Janeiro: três telas autênticas de Picasso, Toulouse Lautrec e Van Gogh. Seus únicos bens que ficaram a salvo da ganância da neta. Já debilitada pela idade avançada, a senhora deposita sua esperança na juventude de Clara e dá as coordenadas para que a jovem resgate essa fortuna e refaça sua vida, pois tem certeza de que Clara conseguirá finalmente fugir da clínica. E ela estava certa.

No decorrer dos anos, através das conversas com a amiga, Clara se dá conta do grande golpe que sofreu e conclui que o motivo de tudo sempre foi a enorme ambição de Sophia pelas esmeraldas. E sua maior motivação para escapar do local é fazer justiça. Mais do que isso: retomar a convivência com o filho Tomaz, hoje um menino de dez anos, que não conhece a mãe.

Durante esse tempo, ele foi criado por Sophia e pela tia, que se casou com Renato (Rafael Cardoso). O médico, após o desaparecimento de Clara, cedeu às investidas de Lívia, mas nunca esqueceu Clara e, secretamente, tenta, há anos, descobrir algo sobre seu paradeiro. Lívia, apesar de todos os defeitos, tem verdadeira paixão pelo sobrinho e sente pavor ao imaginar um possível retorno da cunhada.

Já Gael (Sergio Guizé)  também muda com o passar dos anos. Sente-se culpado pelo sumiço da mulher e pelo mal que lhe causou. Não compreende como Clara foi capaz de abandonar o filho pequeno e desconfia de que algo não esteja certo nessa história. No fundo, pressente que Sophia está envolvida no desaparecimento dela, mas nunca conseguiu encontrar provas.

Os anos de internação servem para Clara planejar sua vingança. Todos aqueles que participaram do complô vão pagar. Uma ação que não envolve violência, sangue, nem mortes. A decadência será moral e gradativa, assim como os anos que passou na clínica. Afinal de contas, todos escondem seus segredos mais obscuros atrás das máscaras da moral, da boa índole e dos bons costumes.

Em comum entre o psiquiatra Samuel (Eriberto Leão), o delegado Vinícius (Flávio Tolezani) e o juiz Gustavo (Luis Melo) há mistérios bem guardados e esforços pessoais para que nunca venham à tona. Clara já não é mais a moça inocente e sonhadora. Pelo contrário. Tornou-se uma mulher focada, inteligente e audaciosa. Não tem mais tempo a perder.

Dos anos de internação à volta para reconquistar a vida perdida, sua jornada é repleta de desafios. E o acerto de contas com Sophia será inevitável.

Os conflitos de Samuel e sua vida dupla

Em Palmas, o psiquiatra Samuel (Eriberto Leão) é considerado um dos poucos partidões ainda solteiros. Com fama de “pegador”, Samuel chama a atenção por sua austeridade. É diretor do hospital da cidade e profissional exemplar. É também o orgulho da mãe Adnéia (Ana Lucia Torre), que vive em prol da felicidade do filho. Seu grande sonho é ver Samuel casado e ter muitos netos. O que Adnéia não imagina é que, por trás da falsa imagem, se esconde um homem que vive em conflito com a sua orientação sexual. Samuel é gay. Longe de olhares curiosos, ele se relaciona com homens pelas redes sociais e combina encontros secretos. Sente desejo por eles, mas, ao mesmo tempo, raiva por viver essa situação. Homofóbico, seu grande receio é ter a vida dupla revelada.

Lutando contra os próprios instintos, o psiquiatra realiza o desejo da mãe e começa a namorar a enfermeira Suzana (Ellen Rocche). Suzy, para desespero de Samuel, é verdadeiramente encantada por seu “tigrão” e tem todo o incentivo da sogra para engravidar o quanto antes. Samuel conseguirá se manter são vivendo esta farsa?

 

O juízo de valores de Gustavo e sua família

Muito amigo de Sophia (Marieta Severo), Gustavo (Luis Melo) não é o que se pode chamar de exímio homem da lei. Já prestou muitos favores à mãe de Gael (Sergio Guizé), sendo sempre muito bem recompensado. Gustavo é a maior autoridade da cidade. Respeitado juiz de Palmas, ele é casado com Nádia (Eliane Giardini), pai de Bruno (Caio Paduan) e Diego (Arthur Aguiar). Mas quem manda na sua vida é a mulher. Ela se orgulha de ter filhos “machos” e se esforça para continuar sendo o centro das atenções da família. Mas essa condição começa a mudar quando Raquel (Erika Januza) vai trabalhar em sua casa.

Raquel veio do quilombo no Jalapão para estudar e tentar a vida em Palmas e trouxe com ela costumes de seu povo. Racista, Nádia implica com todas as atitudes da moça, por mais dedicada e competente que ela seja. E sua má vontade aumenta ainda mais quando Raquel cozinha pratos típicos como chambari e recebe elogios de todos os homens da casa. Especialmente de Bruno, que logo fica encantado pela moça. É justamente esse interesse do rapaz que provoca a ira de Nádia. Para afastar a moça do filho, ela demite Raquel.

Gustavo ainda tenta prevenir a mulher sobre as ofensas racistas que direciona a Raquel, explicando que racismo é crime. Mas ele, no fundo, também pensa como ela e não admite o relacionamento do filho com a doméstica.

Vinícius e família: um mundo de aparências

Delegado em Palmas, Vinícius (Flavio Tolezani) não esconde o orgulho pelo cargo conquistado. Na delegacia e em casa, é ele quem dá as cartas. A mulher Lorena (Sandra Corveloni) é completamente apaixonada por ele. Também é grata por Vinícius ter acolhido sua filha Laura (Luísa Bastos/Bella Piero) quando ela ainda era uma criança. Mãe solteira, Lorena foi abandonada pelo pai biológico de Laura e encontrou no delegado o companheiro ideal.

Grande amiga de Nádia (Eliane Giardini), Lorena tem na figura de Sophia (Marieta Severo) sua referência. Muitas vezes está mais ocupada em se atualizar das fofocas e da vida dos moradores da cidade do que olhar para a própria família.

A relação com Laura não é das melhores. A jovem introspectiva se sente uma estranha dentro da própria casa. Não gosta de interagir e também não suporta a presença do padrasto. A mãe não compreende, ou finge não perceber, o desconforto da filha quando está próxima a Vinícius, o que causa grandes discussões entre as duas. Sempre que pode, Laura tenta evitar a convivência e prefere o isolamento do seu quarto. Também não tem amigos, e seu jeito incomoda Lorena, que faz questão de manter a imagem de família feliz.

 

OUTROS PERSONAGENS 

 

O misticismo de Mercedes e suas vozes

Uma rezadeira com o dom de curar pessoas e peça-chave para auxiliar na transformação e na descoberta interior de quem mais necessita. Assim é a mística Mercedes (Fernanda Montenegro). Interlocutora com um mundo paralelo, ela escuta vozes. “Eles” sussurram avisos e orientações.  Há anos, Mercedes segue à risca os direcionamentos que as vozes indicam e, a partir disso, transformou sua casa, em Pedra Santa, cidade fictícia na região do Jalapão, em um verdadeiro abrigo para a chegada do fim do mundo. Segundo ela, a região será a única a se salvar e, para isso, deve estar preparada para quando o mundo acabar.

Na casa em que Mercedes vive de forma muito simples com a neta Cleo (Bruna Santos/ Giovanna Cordeiro), ela se prepara estocando itens de primeira necessidade, como água e mantimentos. Além disso, ela construiu no entorno estátuas de pedra, com as próprias mãos, que garantem o equilíbrio do planeta. A fama da rezadeira que desvenda “as sombras” no caminho das pessoas ultrapassa fronteiras. Todos conhecem dona Mercedes, mulher sábia, amorosa e, acima de tudo, verdadeira.

E é nela que Josafá (Lima Duarte) encontra o alicerce para lidar com o desaparecimento da neta, Clara (Bianca Bin). Mesmo sabendo que algo grave está acontecendo com a jovem –  e sem conseguir visualizar exatamente o quê – Mercedes  se coloca sempre por perto quando Josafá mais precisa. No passado, os dois viveram um grande amor e até hoje mantêm uma relação de amizade e forte ligação. Mercedes faz questão de ajudar a todos, mas o livre arbítrio é algo no qual ela não pode interferir. Tanto que, quando Clara informa que vai se casar com Gael (Sergio Guizé), ela pressente que dias difíceis estão por vir. Clara é avisada por Mercedes, mas ainda assim prefere seguir seu coração.

Elizabeth e a identidade roubada

Aparentemente, Elizabeth (Gloria Pires) tem uma vida perfeita: é casada com Henrique (Emilio de Mello), um diplomata bem-sucedido, e mãe de Adriana (Lara Cariello), menina carinhosa. O casal se conheceu anos atrás durante uma viagem de Henrique ao Tocantins. De origem humilde, ela mudou-se para o Rio e passou a viver em função do marido, que está sempre viajando. Quando Henrique está prestes a conquistar um cargo de embaixador no exterior, seu pai, Natanael (Juca de Oliveira), que nunca aceitou o casamento do filho, coloca em prática um plano para afastá-lo de vez da esposa.

Praticamente sem vida social, Elizabeth acaba aceitando o convite da suposta amiga Jô (Bárbara Paz), ex-namorada de Henrique, para sair e se distrair. Jô apresenta Renan (Marcello Novaes), um bon vivant, que se aproxima da mulher de Henrique. Os dois passam a ter um caso, e tudo é monitorado por Natanael. Ele quer provar a traição de Beth e, para sua sorte, um acidente com Renan acaba facilitando os planos. É a chance que Natanael esperava há anos.

Ele começa a ameaçar Beth, que não suporta o assédio moral e a tortura psicológica do sogro, e cede. Ela forja a própria morte e se afasta de todos que ama. Agora, com outra identidade, conhecida apenas como Duda (Gloria Pires), ela inicia uma outra vida, longe da filha Adriana (Julia Dalavia) e do marido. Começa aí uma nova e difícil fase para ela, que entra numa espiral de decadência por conta da bebida e da depressão. Vagando por diferentes cidades, num processo de autodestruição, ela se reconectará com o Jalapão, onde seu passado guarda segredos.

 

Estela: a filha rejeitada

Mãe de Lívia (Grazi Massafera) e Gael (Sergio Guizé), Sophia (Marieta Severo), na terceira gravidez, tinha grande expectativa de que a filha caçula compusesse o belo álbum da família perfeita. No entanto, Estela (Juliana Caldas) nasceu anã. De filha desejada, a jovem se tornou um estorvo para Sophia, incapaz de aceitá-la. Apesar de toda a população de Palmas conhecer o fato, a matriarca prefere fingir que Estela não existe. Tanto que a jovem, há anos, estuda no exterior e, mesmo demonstrando desejo de voltar ao Brasil, tem seus planos de retorno adiados pela mãe, que sempre consegue uma desculpa para mantê-la bem longe.

No entanto, o inesperado acontece. Aproveitando a ocasião do casamento do irmão, Lívia, às escondidas, envia as passagens para que a irmã volte ao Tocantins. Estela não apenas vem para a cerimônia como decide ficar de vez, para total desespero de Sophia, que não consegue disfarçar o incômodo ao rever a filha. Por anos, ela prometeu adaptar a ampla casa às necessidades de Estela, mas nunca o fez. Quando a caçula chega, sofre com as dificuldades. Até mesmo as tarefas que à primeira vista podem parecer simples, como alcançar uma torneira para ligar o chuveiro, ou ter acesso aos talheres durante as refeições na mesa, tornam-se verdadeiros obstáculos.

 

Dentro da casa, Estela só pode contar mesmo com Rosalinda (Vera Mancini). Secretária da família, é uma espécie de cuidadora de Estela e fica radiante com seu retorno. Rosalinda é do tipo romântica e sonhadora e acaba influenciando Estela, que sonha encontrar alguém verdadeiramente especial e capaz de realizar todos os seus sonhos.

 

Caetana e seu agitado bordel

 

Boa música, animação e belas mulheres. O que não falta ao famoso bordel de Caetana (Laura Cardoso), na fictícia Pedra Santa, é animação. Por lá circulam forasteiros, garimpeiros como Mariano (Juliano Cazarré), e clientes poderosos. Há anos, Caetana transformou a casa num verdadeiro point da cidade. Com o apoio de um misterioso sócio, o lugar funciona a todo vapor. Leandra (Mayana Neiva) é o braço direito de Caetana. Ela assume o bordel depois que Caetana adoece e leva adiante a missão de manter o negócio rentável. O local não recebe apenas os moradores da pequena cidade, mas também os homens ricos de Palmas, que procuram diversão por lá. Também trabalham no bordel: Desireé (Priscila Assun), Maíra (Juliane Araújo), Karina (Malu Rodrigues) e Vanessa (Fernanda Nizzato), além da cozinheira Zildete (Narjara Tureta).

 

O poder de Nick e seu salão Star Beauty

 

As mulheres de Palmas sabem a quem procurar para ficarem lindas e poderosas. Nick (Fabio Lago) é o mago da beleza da sociedade palmense. Único e divertido, ele conquistou clientes exigentes como Sophia (Marieta Severo), Nádia (Eliane Giardini) e Lorena (Sandra Corveloni), que são frequentadoras do Star Beauty. Até mesmo Clara (Bianca Bin) costuma ir ao salão. A neta de Josafá (Lima Duarte) encontra em Nick um amigo e confidente, sempre disposto a ajudar. Prestativo, Nick também faz atendimento domiciliar. É ele quem, aos poucos, alerta Clara sobre Sophia e sua família.

 

Batizado como Nicácio, ele simplesmente detesta o nome: só aceita ser chamado de Nick. Sonha em deixar de lado a solteirice e encontrar um namorado. Seu braço direito no salão é a divertida Ivanilda (Telma Souza). Os dois vivem discutindo, mas, no fundo, se amam. Ivanilda é a manicure do salão e adora uma fofoca. “#Prontofalei” é seu lema. Está sempre atenta às histórias das clientes e não deixa escapar um mexerico, para desespero de Nick.

 

Além da manicure Ivanilda, Odair (Felipe Titto) também dá expediente no Star Beauty. Ele é um tipo bonitão, porém calado e na dele. Mais observa do que fala. Ainda assim, sua beleza não passa despercebida e o rapaz arranca suspiros à sua volta. Nick, inclusive, é um fã confesso. Para se atualizar das “últimas” de Palmas, basta uma tarde no Star Beauty.

 

Jalapão e Palmas: o início das gravações em cenários deslumbrantes

 

As paisagens paradisíacas do Tocantins foram escolhidas como cenário para o início das gravações da novela, que é ambientada na região. E foi pela capital do Estado, Palmas, que os trabalhos começaram, no dia 27 de julho. O clima árido da cidade, as altas temperaturas, em torno de 36°C, e o pôr do sol único marcaram a primeira etapa do trabalho, que contou com a participação de Bianca Bin, Sergio Guizé, Grazi Massafera, Rafael Cardoso, Erika Januza, Caio Paduan e Lima Duarte.

 

Dentre as locações escolhidas estão as belas Ilha do Canela e Praia da Graciosa, no Lago de Palmas, além da Praia de Luzimangues, no município de Porto Nacional, que serviram como ponto de partida para as sequências, assim como a Chácara Marola, além de famosos pontos turísticos da cidade, como a Ponte da Amizade e da Integração.

 

Após finalizar os trabalhos em Palmas, elenco, direção e equipe seguiram para o Jalapão. Os municípios de Ponte Alta, São Felix e Mateiros foram escolhidos para as gravações que duraram 20 dias. Pedra Furada, uma das atrações de Ponte Alta, serviu de pano de fundo para uma sequência de ação dirigida por Mauro Mendonça Filho, e que contou com a participação de uma equipe de 40 profissionais. Em uma das cenas, Gael (Sergio Guizé) e Renato (Rafael Cardoso) discutem do alto de uma pedra por ciúmes de Clara (Bianca Bin). Para Rafael Cardoso, fazer as cenas a 10 metros de altura foi uma experiência inesquecível. “Deu um frio na barriga, mas não tenho problema algum com altura. Gosto de fazer cenas de ação, de mexer com a adrenalina. Melhor ainda com um visual como este”, conta.

 

Durante as gravações no local, Bianca Bin também se mostrou fascinada. “Essa chapada impressiona demais. A gente não vê o tempo passar. Estou encantada pela energia do lugar”, conta a atriz.

 

Ainda na cidade de Ponte Alta, o Cânion de Sussuapara foi a locação para a gravação de um passeio romântico de Clara e Gael. Sob a direção geral de André Felipe Binder, Bianca e Guizé aproveitaram o intervalo das gravações para registrar a beleza do local. “A energia, a beleza e a luz desse cânion proporcionaram uma sequência incrível e com belas imagens”, avalia Binder.

 

Nas veredas do capim dourado, dentro do Parque Estadual do Jalapão, foi gravada a sequência em que Gael conhece o local e fica encantado ao ver Clara pela primeira vez. As cenas reuniram 60 figurantes, todos locais, e com ligação com o processo de colheita do capim. Para isso, foram utilizados 10 quilos de capim dourado de colheitas anteriores. Para o diretor artístico Mauro Mendonça Filho, a escolha das locações no Tocantins foi essencial para compor a linguagem estética da novela. “Tentamos explorar da melhor forma possível a fotografia incrível destes lugares únicos. O Jalapão tem um dos pores do sol mais lindos que já vi”, reforça Mauro.

 

Nas cenas gravadas no Fervedouro Bela Vista, no município de São Felix, Clara leva Gael para conhecer uma das principais atrações do Jalapão. Já na Cachoeira do Formiga, em Mateiros, uma das mais belas da região, foram gravados encontros dos casais Raquel (Erika Januza) e Bruno (Caio Paduan), Clara e Gael, além de cenas com o garimpeiro Mariano (Juliano Cazarré) e de Cleo (Giovana Cordeiro). Ao término da gravação, os atores aproveitaram para curtir o local. “Cachoeira com água morna só no Jalapão. Nunca tinha visto nada parecido. Fiquei impressionado com a beleza do lugar”, afirma Paduan. As famosas Dunas do Jalapão, outro cartão postal da região, também entraram no roteiro de gravações. 

 

Autenticidade na ambientação e cenografia

 

Um dos cenários mais emblemáticos na história de ‘O Outro Lado do Paraíso’ é o bar de Josafá (Lima Duarte). Construído dentro do Parque Estadual do Jalapão, na beira da estrada da TO-255, principal via de acesso para Mateiros, o bar chamava atenção de turistas e dos moradores da região durante as gravações. Com 200 metros quadrados, o cenário inclui o bar com a venda e mesa de sinuca, redário, um grande catavento e a fachada da casa em que Josafá vive com a neta, Clara (Bianca Bin). O diretor de arte, Tiago Marques, providenciou os detalhes para que o bar reunisse todas as características locais como o hábito de armazenamento de feijão e milho em garrafas pet, uma vitrine com carne de sol seca, e uma cozinha funcional equipada com fogão a lenha. É nele que Clara faz seu famoso pão de minuto acompanhado de café fresco para os viajantes que passam por lá. “Levamos dois meses para construir o bar, de forma que, através de sua localização, o pôr do sol fosse contemplado de diferentes ângulos”, explica Tiago.

 

Para os cenógrafos Danielly Ramos e Maurício Rolfs, outros desafios foram as construções da casa de Mercedes (Fernanda Montenegro) e do garimpo da fictícia Pedra Santa, localizada nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. A cidade cenográfica tem 6,5 mil metros quadrados de área construída. Somente a casa de Mercedes ocupa uma área de 3 mil metros quadrados, em que abriga a própria casa e o galpão de 90 metros quadrados. “O cantinho da Mercedes com o seu galpão é especial. Um verdadeiro mundo mágico. Praticamente uma microcidade feita para a personagem, de forma muito lúdica”, explica Danielly.

 

O produtor de arte Guga Feijó explica que para construir parte das esculturas e da casa foram utilizados 60 metros quadrados de Tapiocanga, pedra típica da região do cerrado com aspecto avermelhado e grande concentração de ferro. “Também usamos a palha de buriti como matéria-prima para a construção de portas e janelas assim como é feito na região do Jalapão”, comenta. Já os objetos de capim dourado aparecem em sousplats, vasos e acessórios. “O capim dourado tem a ver com a identidade cultural e sustento dos quilombolas como a personagem Raquel (Erika Januza) e a Mãe (Zezé Motta)”, explica Guga.

 

Outro cenário marcante na cidade cenográfica é a área do garimpo, que ocupa 3,7 mil metros quadrados, local de trabalho de Mariano (Juliano Cazarré) e da equipe comandada por ele. Um garimpo de esmeraldas que tem estrutura diferente dos garimpos de ouro, por exemplo, frisa a cenógrafa Danielly Ramos. “Conectar o exterior com o interior das grandes galerias de garimpo, e as descidas com interior, foi o mais trabalhoso na construção. Fizemos uma mistura de materiais e teremos pedras que serão quebradas com broca em cena”, explica.

 

Já a imponente casa de Sophia (Marieta Severo), com 620 metros quadrados, é o único cenário fixo da novela. “Teremos um pé-direito bem alto e uma casa com muitos cômodos, salas, quartos, além de uma ampla cozinha, varanda e jardins. Tudo para representar o poder da família desta matriarca”, explica o cenógrafo Mauricio Rohlfs.

 

Figurino e caracterização: exuberância e estilo em Palmas

Para compor o figurino dos personagens da trama de Walcyr Carrasco, a figurinista Ellen Milet, que também trabalhou com o autor em ‘Verdades Secretas’, dividiu os núcleos de ‘O Outro Lado do Paraíso’ em três universos: Palmas, Jalapão e Rio de Janeiro. “São lugares de muitos contrastes. Temos o sol e as altas temperaturas do Jalapão que resultam num figurino com tecidos mais leves, e um Rio de Janeiro mais frio, com clima mais ameno, que refletem nos figurinos dos personagens que vivem na cidade como Beth (Gloria Pires) e Jô (Barbara Paz)”, explica. Já em Palmas domina o estilo de Sophia (Marieta Severo), com bordados e franjas. Para a caracterização da grande vilã da história, Marieta clareou os cabelos com mechas douradas pela primeira vez. “As cores do guarda roupa de Sophia são preto, branco e muito dourado. Também é marca registrada dela o colar dourado com pingente em forma de coração”, explica Ellen. O visual de Sophia inclui ainda chapéus no estilo Panamá, que agregam dupla funcionalidade: proteção contra sol e um charme a mais. Também foram confeccionados outros 100 modelos masculinos e femininos para os diferentes perfis de personagens.

 

Com o intuito de se aproximar ainda mais da forma de se vestir dos moradores locais do Jalapão, na história representados por Clara (Bianca Bin) e o avô Josafá (Lima Duarte), além dos habitantes da fictícia Pedra Santa, a figurinista Ellen adotou um truque. “Estamos envelhecendo as roupas com a terra alaranjada de lá, bem característica desta região e que tem uma aderência muito grande em tecidos e na própria pele”, explica. Há ainda uma influência do estilo do Centro-Oeste brasileiro nos figurinos dos personagens que vivem em Palmas como os bem-sucedidos psiquiatra Samuel (Eriberto Leão), o juiz Gustavo (Luis Melo) e o delegado Vinícius (Flavio Tolezani), além de Gael (Sergio Guizé) e do médico Renato (Rafael Cardoso). “O estilo sertanejo universitário domina a forma de se vestir dos homens da cidade”, explica. Já as mulheres são sofisticadas, têm cabelos mais descoloridos e lisos. “Há uma certa ostentação e influência da moda vista em Miami”, exemplifica.

 

Já o visual de Lívia (Grazi Massafera) mescla sensualidade com rebeldia. Dayse Teixeira e Auri Mota, que assinam a caracterização da novela, optaram por escurecer os cabelos da atriz. A maquiagem, com olhos marcados por sombras escuras, ajuda a compor o visual “dark” de Lívia. “Ousada, mas com bom gosto. A única personagem mais próxima do universo da moda e antenada com as últimas tendências. Um estilo com transparência e sensual”, explica Dayse. Ellen Milet conta que a referência para composição dos looks de Lívia vem do universo do rock. “Ela é moderna e um tanto deprimida. A inspiração surgiu do visual de Frances Bean Cobain, filha do músico Kurt Kobain, do Nirvana, e de Courtney Love, que tem um estilo mais ‘barra pesada’ e ousado”, define. Para Ellen, a composição de figurino mais trabalhosa foi a da protagonista Clara (Bianca Bin). “Menina simples, mas com uma beleza natural aflorada. No início, usa muito vestido com botas e chapéu. É uma personagem de viradas e, por isso, a transformação no visual acompanhará os diferentes momentos e fases”, antecipa.

 

Entrevista com o autor Walcyr Carrasco

 

Walcyr Carrasco iniciou a carreira profissional como jornalista e trabalhou nas redações de grandes jornais e revistas. Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro, ‘Quando Meu Irmãozinho Nasceu’. Depois, escreveu ‘Vida de Droga’, ‘Em Busca de Um Sonho’, ‘Anjo de Quatro Patas’ e ‘Juntos para Sempre’, entre outros títulos. Como dramaturgo, assinou peças de sucesso como ‘Batom’ (1995) e ‘Êxtase’ (1997), pela qual recebeu o prêmio Shell de melhor autor. Em 2008, Walcyr ingressou na Academia Paulista de Letras e, em 2010, ganhou o prêmio da União Brasileira dos Escritores pela tradução e adaptação de ‘A Megera Domada’, de Shakespeare. Para a TV, começou a escrever no final da década de 1980. A primeira novela na Globo foi ‘O Cravo e a Rosa’ (2000), dirigida por Walter Avancini, com quem repetiu a parceria em ‘A Padroeira’ (2001). As novelas ‘Chocolate com Pimenta’ (2003), ‘Alma Gêmea’ (2005), e ‘Êta Mundo Bom!’ (2016), dirigidas por Jorge Fernando, consagraram o autor no horário das seis. A estreia na faixa das sete foi com a comédia romântica ‘Sete Pecados’ (2007). Depois, escreveu ‘Caras & Bocas’ (2009) e ‘Morde e Assopra’ (2011). A primeira novela das nove foi ‘Amor à Vida’ (2013), grande sucesso de crítica e público. Para o horário das onze, Walcyr escreveu ‘Gabriela’ (2012), ‘Verdades Secretas’ (2015), que conquistou o Emmy Internacional no ano seguinte, além do Troféu APCA e do Prêmio Extra de Televisão como Melhor Novela. Agora, com ‘O Outro Lado do Paraíso’ repete a bem-sucedida parceria com o diretor Mauro Mendonça Filho com quem também trabalhou em ‘Verdades Secretas’.

 

Que história ‘O Outro Lado do Paraíso’ vai contar? 

É uma novela com todos os elementos clássicos de um folhetim, com uma grande história de amor e com outras tramas muito modernas. Com emoção, sentimento e, ao mesmo tempo, vai discutir temas profundos dos dias de hoje.

 

Dentro das temáticas que a novela vai tratar há violência contra a mulher, a homofobia, o racismo, entre outros. Por que você resolveu abordar esses temas? 

São temas modernos e importantes. O primeiro assunto fundamental é a violência contra a mulher. Um número imenso de mulheres sofre hoje, em seus lares e fora de casa também. É uma forma de alertar e mostrar para elas que podem ir adiante e enfrentar a situação. A homofobia, no caso, é daquela pessoa que tem ódio de si mesma por ser gay.  A história fala que existem gays que ainda hoje sentem vergonha desta condição e acabam vivendo uma mentira. Quando abordo o racismo, é um tema que precisa ser sempre lembrado. É necessário mostrar que o racismo é um crime e assim por diante. Vamos tratar de muitos outros assuntos.

 

A história conta a saga da heroína Clara e apresenta outras personagens femininas muito fortes.  Quais as características de cada uma delas?

Clara é uma grande heroína. É uma moça simples, que sofre violência dentro de casa. A mulher não deve aceitar a violência, mas muitas vezes aceita porque tem medo, porque não sabe lidar. Ela descobre que pode enfrentar e dar o troco. A novela fala também da lei do retorno: tudo o que a gente faz, volta pra gente. A figura feminina em ‘O Outro Lado do Paraíso’ é muito forte. Além da Clara, temos a Raquel (Erika Januza), uma negra que veio do quilombo, sofre racismo, mas consegue estudar e conquista uma posição de poder. Temos Mercedes (Fernanda Montenegro), que não é exatamente uma vidente, mas ouve vozes e vive em função daquilo, porque prevê que o fim do mundo está chegando. Uma outra personagem fortíssima é a Elizabeth (Glória Pires), uma mulher que sofre no lar por ser de outra classe social. Ela acaba dando uma reviravolta. Uma mulher que vai reconstruindo sua vida. Ela cai fundo e depois consegue se reerguer. Temos a grande vilã, Sophia (Marieta Severo), que para ter o que ela quer, que são as esmeraldas, fará de tudo. Há ainda Lívia (Grazi Massafera), que é um pouco “fora da casinha”, cujo sonho é ter um filho, mas ela não pode engravidar. Ela se torna uma vilã, porque quer ser mãe. O filho muitas vezes dá um sentido para a mulher e essa personagem vai retratar isso.

 

Você fez uma viagem de férias ao Jalapão no ano passado. Foi daí que surgiu a ideia de ambientar a história na região? O que mais chamou a sua atenção e porque resolveu ambientar a novela por lá?

No ano passado, fui entregar um prêmio do MEC (Ministério da Educação) a educadoras que se destacaram por projetos culturais. Uma delas havia criado uma biblioteca em um quilombo, no Jalapão, e me contou que aprendeu a ler com um livro de minha autoria. Criamos uma relação forte, e ela me convidou para conhecer o quilombo. Fui estudar sobre o Jalapão, visitar o quilombo e aí comecei a me encantar por essa região extraordinária. Esse foi o motivo da viagem, mas durante todo o tempo a ideia da novela foi surgindo e amadurecendo.

 

‘O Outro Lado do Paraíso’ é mais uma parceria com Mauro Mendonça Filho com quem você trabalhou em ‘Gabriela’ (2012), ‘Amor à Vida’ (2013) e ‘Verdades Secretas’ (2015). Qual a sua expectativa para este trabalho? 

Cada trabalho é único. Eu não construo expectativas maiores ou menores. Apenas me entrego, assim como acredito que o Maurinho, sua equipe e o elenco se entregam. Nós amamos criar juntos e o trabalho vai surgindo a partir desta troca de ideias.

 

Para esta novela temos alguns atores vindos de ‘Verdades Secretas’, ‘Êta Mundo Bom!’ e outros veteranos com os quais você trabalha pela primeira vez. Como foi a escalação para a novela?

Foi maravilhoso saber que atores com quem amo trabalhar e outros que já admirava estavam dispostos a se unirem a nós para contar uma nova história. A escalação é sempre um processo complicado, trabalhoso. A gente fica pensando sobre quem é a pessoa certa para cada personagem. Em ‘Êta Mundo Bom!’, eu tinha alguns atores que funcionaram demais e que eu não queria perder, como o Sergio Guizé,  Bianca Bin, além da Eliane Giardini. Enfim, os atores que eu tenho admiração pelo trabalho, que deram certo. Agora, eu também sou fã. Tem também aquelas pessoas de quem eu sou fã há muito tempo como Fernanda Montenegro, Gloria Pires. Marieta, que trabalhou em ‘Verdades Secretas’, está comigo novamente. E tem os que chegam agora e que estão tendo a primeira oportunidade. Aí junta tudo isso num caldeirão de talentos e temos ‘O Outro Lado do Paraíso’.

 

Em suas obras, você também costuma abordar temas e levantar questões sociais através de alguns personagens. Em ‘O Outro Lado do Paraíso’ temos a Estela, uma anã com um perfil que foge do estereótipo cômico. Como surgiu a ideia de ter uma anã na história?

Nas minhas novelas, em geral, eu trato de assuntos que não estão na ordem do dia. Em ‘Amor à Vida’ eu falei do autismo; já falei do menino paraplégico, em ‘Êta Mundo Bom!’. Agora tenho uma personagem anã. Eu vou contar porque eu tenho essa personagem: quando eu era criança, conheci uma família que era muito amiga dos meus pais e a sobrinha deles era anã, numa família de pessoas de estatura comum. E essa menina anã cresceu, casou-se duas vezes – uma vez com anão, outra vez, não. Resolvi, então, colocar uma personagem anã na novela como a Estela, mas não é para rir. É para mostrar os sentimentos dela, a dificuldade dela até para ir a um restaurante. Porque eles chegam a um restaurante e às vezes não conseguem nem usar o toillete. O mundo não está preparado para integrar essas pessoas. É isso o que eu quero mostrar.

 

O que o público pode esperar de ‘O Outro Lado do Paraíso’?

O público pode esperar emoção, sentimento, humor e no meio disso uma reflexão sobre o mundo moderno. Mas, acima de tudo, e como eu sou uma pessoa que acredito em alguma coisa além desse mundo, na lei do retorno. O que a gente faz aqui volta pelo bem ou pelo mal. E esse é o grande tema de ‘O Outro Lado do Paraíso’. Podem ter a certeza da minha entrega total, única e emocional ao escrever essa história.

 

Entrevista com o diretor artístico, Mauro Mendonça Filho

Mauro Mendonça Filho estreou na direção em 1990 com a minissérie ‘A.E.I.O. Urca’, de Doc Comparato e Carlos Manga. Antes disso, exerceu diversas funções como editor de vídeo, assistente de direção, entre outros. Há 33 anos na Globo, Mauro Mendonça Filho tem formação em comunicação, cinema, artes dramáticas e direção de teatro. Dirigiu ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’, ‘Gabriela’, ‘O Astro’, ‘Dupla Identidade’, ‘Amor à Vida’ e a série ‘Vade Retro’, entre outros. Por ´Verdades Secretas’ e ‘O Astro’ recebeu o prêmio Emmy Internacional nas edições de 2016 e 2012, respectivamente. É o único diretor de tevê no Brasil que conquistou duas vezes a estatueta. ‘O Outro Lado do Paraíso’ é o terceiro trabalho em parceria com Walcyr Carrasco.

 

Pela primeira vez, teremos uma novela ambientada no Tocantins e no Jalapão.  Quais são os grandes desafios de gravar nesta região?

É um sertão diferente. Uma região bem árida e, ao mesmo tempo, com cachoeiras, rios e fervedouros com 40m de profundidade. É a natureza em estado puro. Um local incrível que foi mar há milhões de anos e mantém a areia branca e dunas no meio do Brasil. É quase surreal, um deslumbre de beleza. Um sol com temperatura média de 43ºC e grandes cânions. Acho que o grande desafio é conseguir captar toda a beleza do local, da natureza. Além disso, mostrar os quilombos e a colheita do capim dourado, que no mundo só é encontrado naquela região do Jalapão, e colocar isso também junto com os outros dois núcleos urbanos da história, que são Palmas e Rio de Janeiro.

 

‘O Outro Lado do Paraíso’ traz temáticas como a violência contra a mulher, racismo, preconceito, assédio sexual, entre outras. Qual a importância de tratar essas questões?

São temas que estão no nosso dia a dia e que merecem atenção. A novela tem um foco muito grande na mulher e através da Clara (Bianca Bin) vamos falar da violência doméstica. Também há o nanismo com a Estela (Juliana Caldas), que não é tão comum na dramaturgia; o racismo vivido pela Raquel (Erika Januza)… Enfim, são personagens fortes, que enfrentam esses desafios no cotidiano assim como muitas mulheres brasileiras.

 

Como é retomar a parceria com o Walcyr depois de trabalhos como ‘Gabriela’, ‘Amor à Vida’ e ‘Verdades Secretas’, que conquistou o Emmy no ano passado?
A gente tem uma cumplicidade forte, grande, honesta e solidária. O Walcyr é um grande criador de personagens e eu tento, o máximo possível, engrandecer essas atmosferas. Sou um defensor da dramaturgia dele. É um autor popular, consagrado, um dos mais importantes da dramaturgia.

Como foi o processo de escalação do elenco para a novela?

A tentativa é sempre ter a melhor figura para cada personagem, visando talento, adequação e tom. Dessa vez conseguimos juntar um time maravilhoso de atores muito consagrados como Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Laura Cardoso, Marieta Severo… Mas temos também estreantes em novelas como a Juliana Caldas e outros atores incríveis com os quais trabalho pela primeira vez como a Bianca Bin, Sergio Guizé e Rafael Cardoso, Emilio de Melo e Eriberto Leão.

 

Como você define ‘O Outro Lado do Paraíso’?

É uma história intensa, trágica, forte, com romantismo e muito sentimental. Essa fantasia traz elementos da vida atual brasileira que tornam a trama muito atual, principalmente no que diz respeito às questões relacionadas às mulheres. É uma novela que tem o foco na mulher.

 

 

Perfil dos Personagens

 

JALAPÃO

Clara (Bianca Bin)  Jovem simples e bonita, é um pouco inocente em relação ao amor. Dá aulas para crianças de um quilombo em Pedra Santa e mora com o avô, Josafá (Lima Duarte), que tem um bar na beira da estrada, no Jalapão. Apaixona-se à primeira vista por Gael (Sergio Guizé). Casa-se e se muda para Palmas, onde vai sofrer grandes decepções. Será amparada pelo amigo Renato (Rafael Cardoso) nos momentos de desespero. Vai sofrer nas mãos da sogra, Sophia (Marieta Severo), e da cunhada Lívia (Grazi Massafera). Mãe de Tomaz (Vitor Figueiredo), que é obrigada a abandonar pequeno em função de uma armação que a faz desaparecer por longos dez anos.

 

Josafá (Lima Duarte) – Avô de Clara (Bianca Bin), é dono de um bar de beira de estrada em Pedra Santa. Nunca esqueceu Mercedes (Fernanda Montenegro), seu grande amor da juventude e com quem mantém forte ligação. Vai sofrer nas mãos de Sophia (Marieta Severo) e se desesperar com o sumiço da neta.

 

Jonas (Eucir de Souza) – Pai de Clara (Bianca Bin). Morre numa explosão ao procurar pedras preciosas nas terras da família.

 

PALMAS

 

Família de Sophia

 

Sophia (Marieta Severo) – Mãe de Gael (Sergio Guizé), Lívia (Grazi Massafera) e Estela (Juliana Caldas), é uma mulher gananciosa. Quando descobre que as terras de Clara (Bianca Bin) possuem uma jazida de esmeraldas, tenta convencer a nora a autorizar a exploração da pedra preciosa. Grande vilã da história.

 

Gael (Sergio Guizé) – Filho mais velho de Sophia (Marieta Severo), apaixona-se por Clara (Bianca Bin) assim que a conhece. Tem um temperamento instável e oscila momentos de agressividade. É irmão de Lívia (Grazi Massafera) e Estela (Juliana Caldas).

 

Lívia (Grazi Massafera) – Filha de Sophia (Marieta Severo) e irmã de Gael (Sergio Guizé) e de Estela (Juliana Caldas). Bonita e sofisticada, é apaixonada por Renato (Rafael Cardoso). Seu grande sonho é ser mãe, mas não consegue gerar filhos. Tem um amor incondicional pelo sobrinho Tomaz (Vitor Figueiredo).

 

Estela (Juliana Caldas) – Filha caçula de Sophia (Marieta Severo) e irmã de Gael (Sergio Guizé) e de Lívia (Grazi Massafera).  Há anos, ela mora no exterior, onde estuda. Sempre quis retornar ao Brasil, mas a mãe prefere mantê-la longe. Sophia tem vergonha de Estela por ela ser anã.

 

Tomaz (Vitor Figueiredo) – Filho de Clara (Bianca Bin) e Gael (Sergio Guizé). Será criado pela tia, Lívia (Grazi Massafera), quando Clara desaparecer.

 

 

Família de Gustavo

 

Gustavo (Luis Mello) – Juiz em Palmas. Casado com Nádia (Eliane Giardini) e pai de Bruno (Caio Paduan) e Diego (Arthur Aguiar), é influenciado pelas opiniões da mulher.

 

Nádia (Eliane Giardini) – Casada com Gustavo (Luis Mello) e mãe de Bruno (Caio Paduan) e Diego (Arthur Aguiar), é uma mulher preconceituosa. Se posicionará contra o romance de Bruno e Raquel (Erika Januza), pois a jovem é negra.

 

Bruno (Caio Paduan) – Filho mais velho de Gustavo (Luis Mello) e Nádia (Eliane Giardini), estuda Direito, seguindo os passos do pai. Apaixona-se por Raquel (Erika Januza) e enfrentará a resistência da família ao romance.

Diego (Arthur Aguiar) – Filho de Gustavo (Luis Mello) e Nádia (Eliane Giardini), irmão de Bruno (Caio Paduan). Diego é um garanhão, até casar-se com Melissa (Gabriela Mustafá), moça virgem e pura com quem não consegue ter relações sexuais.

 

Família de Vinícius

 

Vinícius (Flavio Tolezani) – Delegado de Palmas, é casado com Lorena (Sandra Corveloni) e padrasto de Laura (Bella Piero). É um homem duro e que guarda segredos do passado.

 

Lorena (Sandra Corveloni) – Mãe de Laura (Bella Piero). Foi mãe solteira e depois se casou com Vinícius (Flavio Tolezani). É amiga de Sophia (Marieta Severo) e de Nádia (Eliane Giardini).

 

Laura (Luísa Bastos/ Bella Piero) – Filha de Lorena (Sandra Corveloni) e enteada de Vinícius (Flavio Tolezani). Jovem introspectiva, que não mantém bom relacionamento com a mãe nem com o padrasto.

 

Família de Samuel

 

Samuel (Eriberto Leão) – Psiquiatra, é filho de Adinéia (Ana Lúcia Torre). Envolve-se com a enfermeira Suzy (Ellen Rocche) na tentativa de esconder sua homossexualidade. Também é homofóbico e vive em conflito por sua condição.

 

Adnéia (Ana Lúcia Torre) – Mãe de Samuel (Eriberto Leão), sonha ver o filho casado e quer ter muitos netos. De origem humilde, sente orgulho pelo filho médico e vai aprovar o namoro dele com Suzy (Ellen Rocche).

 

Hospital

 

Renato (Rafael Cardoso) – Médico que se mudou do Rio para Tocantins com o objetivo de vencer na vida. Encanta-se por Clara (Bianca Bin), mas quando a professora se casa com Gael (Sergio Guizé), acaba se envolvendo com Lívia (Grazi Massafera). Trabalha no hospital de Palmas e é quem cuida de Clara após as agressões físicas sofridas por ela.

 

Rafael (Igor Angelkorte) – Médico no hospital de Palmas, torna-se grande amigo de Renato (Rafael Cardoso) e está sempre disposto a ajudar.

 

Suzy (Ellen Rocche) – Enfermeira, envolve-se com Samuel (Eriberto Leão), diretor do hospital. Apaixonada pelo médico, faz de tudo para agradar o parceiro e a mãe dele, Adinéia (Ana Lúcia Torre). Sonha em se casar.

 

Tônia (Patricia Elizardo) – Ginecologista no hospital. Aproxima-se de Bruno (Caio Paduan) depois que é apresentada a ele por Nádia (Eliane Giardini).

 

Salão Star Beauty

 

Nicácio (Fábio Lago) – Dono do Star Beauty, o mais famoso salão de beleza de Palmas e sabe de todas as novidades da cidade. Gosta de ser chamado de Nick. Torna-se amigo de Clara (Bianca Bin), de quem vira confidente. É divertido e está sempre disposto a agradar as clientes. Seu sonho é encontrar um verdadeiro amor.

 

Odilo (Felipe Titto) – Rapaz tímido, trabalha no salão de Nicácio (Fábio Lago). Chama a atenção das clientes por sua beleza, mas é reservado.

 

Ivanilda (Telma Souza) – Manicure no salão de Nicácio (Fábio Lago). Fofoqueira e alto astral, adora uma conversa com a clientela, para desespero do patrão. É a primeira a saber das novidades da alta sociedade e não consegue guardar segredos.

 

Outros personagens

 

Aura (Tainá Muller) –  Namorada de Gael (Sérgio Guizé) no período em que Clara permanecer internada e quando ela voltar para Palmas.

 

Raul (Genézio de Barros) – Professor de Artes de um colégio em Palmas. É casado com Isabel (Ana Barroso) e pai de Melissa (Gabriela Mustafá).

 

Isabel (Ana Barroso) – Casada com Raul (Genézio de Barros) e mãe de Melissa (Gabriela Mustafá), Isabel está sempre em busca do bem-estar da filha.

 

Melissa (Gabriela Mustafá) –  Filha de Raul (Genésio de Barros) e de Isabel (Ana Barroso), é uma jovem tímida e introspectiva. Quando casa-se com Diego (Arthur Aguiar) acredita que encontrou seu grande amor.

 

Irene (Luciana Fernandes) – Mulher de Cido (Rafael Zulu). Empregada na casa de Clara (Bianca Bin).

 

Cido (Rafael Zulu) – Atraente e discreto, Cido é motorista de Sophia (Marieta Severo) há muitos anos.

 

Amaro (Pedro Carvalho) – Jovem gentil e charmoso, vem de Portugal para o Brasil como comprador de esmeraldas. Se aproximará de Estela (Juliana Caldas), que acreditará ter encontrado seu príncipe encantado.

 

Amaral (Sérgio Fonta) – Administrador dos bens de Sophia (Marieta Severo) e grande aliado da família.

 

Rosalinda (Vera Mancini) – Desbocada e romântica é empregada na casa de Sophia (Marieta Severo). Tem um enorme carinho por Estela (Juliana Caldas), de quem é confidente.

 

Radu (Thiago Thomé) – Guarda-costas e motorista de Clara (Bianca Bin).

 

Hugo (Alejandro Claveaux) – Policial, é forte e educado. Sonha passar num concurso público e se tornar juiz.

 

QUILOMBO

 

Mãe (Zezé Motta) – Conselheira, é a maior autoridade no quilombo, no Jalapão.  Mulher guerreira, quer o melhor para o seu povo e instrui Raquel (Erika Januza) a seguir com os estudos, em Palmas, para que ela consiga ajudar sua comunidade.

 

Raquel (Erika Januza) – Amiga de Clara (Bianca Bin), vive no quilombo onde trabalha com capim dourado. Seu sonho é ir para Palmas estudar. Apaixona-se por Bruno (Caio Paduan) e vai enfrentar muito preconceito racial e social.

 

PEDRA SANTA

 

Mercedes (Fernanda Montenegro) – Mulher mística, cura as pessoas tanto física quanto espiritualmente. Vive de forma muito simples. É avó de Cléo (Giovana Cordeiro) e o grande amor de Josafá (Lima Duarte). Ela escuta vozes e transformou sua casa em Pedra Santa num grande abrigo para receber pessoas quando o fim do mundo se aproximar. Conhece Clara (Bianca Bin) desde criança e pressente algo de ruim quando a neta de Josafá conta que vai casar-se com Gael.

 

Cléo (Bruna Santos/ Giovana Cordeiro) – Neta de Mercedes (Fernanda Montenegro), não se conforma com sua condição social. Vive em conflito com a avó e vai se envolver com Mariano (Juliano Cazarré).

 

Bordel

 

Caetana (Laura Cardoso) – Dona do bordel de Pedra Santa. Foi a responsável pela separação de Mercedes (Fernanda Montenegro) e Josafá (Lima Duarte), no passado, mas no fim da vida vai buscar o perdão. Há anos mantém o bordel funcionando graças a um sócio misterioso.

 

Leandra (Mayana Neiva) – Mulher exuberante, trabalha no bordel de Pedra Santa. É o braço direito de Caetana (Laura Cardoso) e vai comandar o estabelecimento depois que ela adoecer. Tem um amante misterioso, que também é sócio do bordel.

 

Zildete (Narjara Tureta) – É cozinheira do bordel.

 

Desireé (Priscila Assun) – Trabalha no bordel de Pedra Santa.

 

Karina (Malu Rodrigues) – Trabalha no bordel de Pedra Santa. Envolve-se com Diego (Arthur Aguiar), e se apaixonará pelo cliente.

 

Maíra (Juliane Araújo) – Trabalha no bordel de Pedra Santa.

 

Vanessa (Fernanda Nizzato) – Trabalha no bordel de Pedra Santa.

 

Daniel (Lucas Pimenta) – Dono da padaria de Pedra Santa. Seu sonho é ser DJ.

 

Garimpo

 

Mariano (Juliano Cazarré) – Garimpeiro, trabalha para Sophia (Marieta Severo) e faz tudo o que a patroa e amante ordena. Tem um temperamento rude e é ganancioso. Vai se envolver com muitas mulheres, entre elas Cleo (Giovana Cordeiro), neta de Mercedes (Fernanda Montenegro), e enfrentará a reprovação da mística.

 

Juvenal (Anderson Di Rizzi) – Dono de uma oficina de lapidação que fica ao lado do alojamento dos garimpeiros. É um homem calado, introspectivo, mas amoroso com as pessoas à sua volta.

 

Xodó (Anderson Tomazzini) – Garimpeiro.

  

Rato (César Ferrario) – Capanga de Sophia (Marieta Severo) para serviços sujos. Homem rude, vai prejudicar Josafá (Lima Duarte) a mando de Sophia.

 

Valdo (Alexandre Rodrigues) – Garimpeiro em Pedra Santa.

 

Zé Victor (Rafael Losso) – Garimpeiro em Pedra Santa.

 

RIO DE JANEIRO

 

Núcleo de Elizabeth

 

Elizabeth/Duda (Gloria Pires) – Mulher de Henrique (Emílio de Mello), mãe de Adriana (Lara Cariello/Julia Dalavia). Mora no Rio de Janeiro com a família. Mas ao cair em uma armação do sogro, Natanael (Juca de Oliveira), é obrigada a forjar a própria morte e a se afastar de todos que ama. Após desaparecer, troca de identidade e será conhecida apenas por Duda. Ela entra num processo de autodestruição em função da bebida e da depressão. Vai vagar por várias cidades até voltar para o Tocantins, sua terra natal.

 

Henrique (Emílio de Mello) – Diplomata em ascensão, é filho de Natanael (Juca de Oliveira), casado com Elizabeth (Gloria Pires) e pai de Adriana (Lara Cariello/Julia Dalavia). Homem culto, é apaixonado pela mulher, mas passa muitos períodos viajando para fora do país, o que provoca uma crise na relação. Vai acreditar que Elizabeth morreu em um acidente e se desesperar com a notícia.

 

Natanael (Juca de Oliveira) –  É austero e advogado poderoso. Pai de Henrique (Emílio de Mello) e sogro de Elizabeth (Gloria Pires). Não gosta da nora por achar que ela não está à altura de seu filho. Ele contrata um detetive para seguir os passos de Duda e tem como aliada Jô (Bárbara Paz), que ajuda no plano para separar o casal.

 

Adriana (Lara Cariello/Julia Dalavia) – Filha de Elizabeth (Gloria Pires) e Henrique (Emílio de Mello) Na infância, sofre ao acreditar que a mãe morreu. Com o passar dos anos, forma-se em Psicologia.

 

Jô (Bárbara Paz) – Sofisticada, finge ser amiga de Elizabeth (Gloria Pires), mas é, na verdade, apaixonada por Henrique (Emílio de Mello). Cúmplice de Natanael (Juca de Oliveira) para eliminar Beth do caminho.

 

Renan (Marcello Novaes) – Amigo de Jô (Bárbara Paz), se aproxima de Elizabeth (Gloria Pires) por interesse e torna-se amante dela. Charmoso e inteligente, tenta convencer Elizabeth a se separar do marido.

 

Família de Beatriz

 

Beatriz (Nathalia Timberg) – Mulher fina e da alta sociedade, foi internada numa clínica psiquiátrica pela neta Fabiana (Fernanda Rodrigues). Ensinará a Clara (Bianca Bin) tudo que sabe durante os anos em que ela ficará na clínica. Será grande amiga e mentora de Clara.

 

Fabiana (Fernanda Rodrigues) – Neta de Beatriz (Nathalia Timberg). Internou a tia para ficar com seus bens. Beatriz está na mesma clínica que Clara (Bianca Bin).

 

Patrick (Thiago Fragoso) – Advogado, sobrinho-neto de Beatriz (Nathalia Timberg).

 

About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 140 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

Deixe seu comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*