Os encantos da BIELORRÚSSIA
POR DINA BARILE, em 18/08/2012

A Bielorrússia é um país localizado na Europa Oriental, sem acesso ao mar. Faz fronteira com a Rússia a leste, com a Ucrânia ao sul, com a Polônia a oeste e com a Lituânia e a Letônia a norte. Sua capital é a cidade de Minsk.
Um terço do país é coberto por florestas e a agricultura e manufatura são os setores mais desenvolvidos da economia bielorrussa.A maioria da população é de bielorrussos, com uma minoria de russos, ucranianos e poloneses. O país atualmente tem duas línguas oficiais: bielorrusso e russo.Embora não possua litoral, o país tem 11 000 lagos. A Bielorrússia é relativamente plana e tem muitos pântanos. O maior território pantanoso é o Palesse.
A principal religião da Bielorrússia é a ortodoxa russa, mas também há muitas outras religiões praticadas, como o catolicismo e diferentes tipos de protestantismo e uma pequena parcela de judeus e de outras religiões.
MINSK é a capital da Bielorrússia e sede da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Como capital, Minsk tem estatuto administrativo especial, além de ser também a capital da província de Minsk.
No século XIX, a cidade cresceu sob o domínio russo, tornando-se um importante entroncamento ferroviário.

Em 1919, e novamente em 1920, a cidade foi controlada pela Segunda República polonesa, durante a guerra entre a Polônia e os bolcheviques. Mais tarde, foi ocupada pelos russos soviéticos nos termos do Tratado de Paz de Riga, e tornou-se a República Socialista Soviética da Bielorrússia, uma das 15 repúblicas que compunham a URSS. Durante os anos de 1919 a 1991, Minsk foi capital da República Socialista Soviética da Bielorrússia. A região de Minsk tornou-se um centro do movimento de guerrilha soviético durante a Grande Guerra Patriótica (nome dado pelos soviéticos à sua participação na Segunda Guerra Mundial).Durante a guerra, a cidade foi quase inteiramente destruída, e uns poucos edifícios históricos permaneceram de pé. A maioria das igrejas foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial e, nos anos seguintes, por autoridades comunistas. Poucas restam de pé, como, por exemplo, a Igreja Católica do Calvário.
A cidade cresceu rapidamente após a Segunda Guerra Mundial; assim, as vilas próximas tornaram-se “mikrorayons”, ou seja, distritos de apartamentos densamente povoados. Depois do desastre de Chernobyl, algumas populações desalojadas das áreas afetadas mudaram-se para Minsk, particularmente junto aos “mikrorayons” de Malinauka e Shabany. Fora de seus limites fica a Floresta de Kurapaty, próxima ao anel viário da cidade, num local onde, entre 1937 e 1941, milhares de bielorrussos foram mortos por autoridades comunistas.
Minsk é muito industrializada e produz tratores, caixas de câmbio de veículos, caminhões, tecidos, sorvetes, geladeiras, aparelhos de TV, rádios, bicicletas e inúmeros outros itens de consumo. Entretanto, o desemprego e o subemprego são bastante comuns na atualidade.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– A Igreja de São Simão e Helena (Igreja Vermelha), católica romana, localizada na Praça da Independência. Em estilo neo-gótico, foi construída entre 1905 e 1910.
– Catedral da Santa Virgem Maria, também católica romana, seu estilo é o barroco. Foi construída em 1710, como uma igreja do mosteiro jesuíta. Em 2005, a igreja ganhou um novo órgão, manufaturado na Áustria. Os afrescos do século XVIII foram todos restaurados após o ano 2000.
– Catedral do Espírito Santo, já foi uma igreja católica romana e convento bernardino, construída de acordo com o estilo barroco de Vilna. Iniciada em 1642 e completada no século XVIII, a catedral é um valioso monumento da Minsk Antiga. Seis colunas dividem seu interior em três naves.
– a Praça da Vitória possui um obelisco de 38 metros de altura, que é um monumento aos soldados e partisans que morreram na Segunda Guerra Mundial.
MIR é uma pequena cidade situa-se às margens do rio Miranka, a 85 km a sudoeste de Minsk. Foi fundada em 1345 e é onde está situado o famoso castelo em estilo medieval tardio, o qual fez da cidade o alvo de muitos ataques ao longo dos séculos.Atualmente, Mir possui uma pequena indústria. Antigamente, era um centro internacional de estudos judaicos e, muito antes ainda, foi um centro romano de comércio de cavalos. Seus habitantes de hoje não são descendentes nem das prósperas comunidades judaicas de então, nem dos romanos.
O Complexo do Castelo de Mir, situado nas imediações de Mir, próximo a Minsk, é Patrimônio da Humanidade da UNESCO. A construção do castelo começou no final do século XV, em estilo gótico e foi acabada pelo duque Ilínich em princípios do século XVI. Em 1568, o castelo de Mir passou às mãos de Miko?aj Krzysztof Radziwi??, que acabou de construí-lo em estilo renascentista. Depois de ser abandonado durante quase um século e sofrendo diversos danos durante o período napoleônico, o castelo foi restaurado em finais do século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, passou às mãos da força de ocupação nazista e serviu como gueto para a população judia local antes de sua eliminação.
NESVIZH é o centro administrativo do distrito de mesmo nome, na província de Minsk, a 29 km da capital. É nela que está localizado o famoso Castelo de Nesvizh.
A primeira menção de Nesvizh data de 1223, mais tarde tornando-se parte do Grão-Ducado da Lituânia. No século XV, enquanto era uma cidade ainda menor, passou a pertencer à família principesca Radziwill e assim permaneceu até 1813.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– Complexo arquitetônico, residencial e cultural da família Radziwill
– O Castelo de Nesvizh (à direita), listado, em 2005, como Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO. O imóvel encontra-se entre os bens da família Radziwill, que foi uma das famílias mais importantes do Grão-Ducado da Lituânia.
– A Igreja de Corpus Christi, o edifício mais importante em Nesvizh, foi construída entre 1587 e 1603. A igreja abriga os túmulos de 72 membros da família Radziwill, cada um enterrado em um caixão simples e encimado pelo brasão da família. É uma das primeiras igrejas jesuítas do mundo e uma das primeiras construções barrocas da Comunidade Polaco-Lituana, influenciando, mais tarde, a arquitetura da Bielorrússia, da Polônia e da Lituânia.
– Outras igrejas: Igrejas da Santa Trindade e de Nossa Senhora, Catedral do Espírito Santo, Igreja de Maria Madalena, Igreja Católica de São José, Igreja de Pedro e Paulo, Igreja Católica de São Simão e Santa Helena.VITEBSK está localizada no nordeste do país, região dos lagos glaciares, perto de três pitorescos rios, entre eles o rio Zapadnaya Dvina.

Consta que Vitebesk foi fundada pela Princesa Olga de Kiev, em 974 d. C., depois de uma campanha que esta fez pelas terras do Báltico. Todavia, a mais antiga referência feita à cidade bielorrussa data de 1021. Muito famosa na Idade Média, Vitebsk tornou-se, desde então até os dias de hoje, um grande, importante e conhecido centro cultural e mercantil.Depois da unificação com a Rússia, em 1772, a cidade foi transformada em um enorme centro militar.
Culturalmente, já foi e reconhecida. Hoje, além de uma próspera cidade, o maior centro cultural, científico e industrial da Bielorrússia.
O filho ilustre de Vitebsk foi Marc Chagall, onde nasceu em 7 de julho de 1887, mas morreu em Saint-Paul de Vence, em 28 de março de 1985. Foi um dos mais destacados pintores do século XX, associado aos movimentos de vanguarda posteriores ao impressionismo. Em muitas das suas obras, incluindo dois dos seus quadros mais reconhecidos mundialmente, Eu e a Aldeia e Sobre Vitebsk, sua cidade natal é sempre recordada.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– Casa de Marc Chagall, na rua Pokrovskaia (à direita), construída pelo seu pai, em 1900. Ele escreveu sobre este período da sua vida no livro autobiográfico “Ma vie” (Minha vida). O Museu da Casa foi inaugurado em 1997. Sua coleção é composta de artigos para o lar usados na virada dos séculos XIX-XX, bem como cópias de documentos de arquivos e obras de Chagall, relativas à vida do artista e da sua família em Vitebsk.
– O Centro de Artes Marc Chagall, fundado em 1992, exibe obras gráficas de Marc Chagall (litografias, peças de madeira, gravuras). A coleção de arte é composta por uma série de ilustrações para o poema de Nikolai Gogol, “Dead Souls” (1923-1925), a série de litografias da Bíblia, feita entre 1956 e 1960, o ciclo de litografias coloridas “As 12 tribos de Israel “(1960) e outras obras do artista.POLOTSK é uma das mais antigas cidades dos Eslavos do Leste. Ela foi mencionada pela primeira vez na Crônica de Nestor, em 862. As sagas de Norse descrevem a cidade como a mais fortemente protegida de toda a Rússia Kievana. Seu governante mais poderoso foi o príncipe Vseslav Bryachislavich (reinou de 1044 a 1101).
Uma inscrição do século XII encomendada por Boris, o filho de Vseslav, pode ser ainda vista em uma grande pedra situada próxima à Catedral de Santa Sofia.
Capturada pelo exército russo de Ivan, o Terrível, em 1563, ela retornou à Lituânia quinze anos mais tarde. Aquele período de guerras iniciou o gradual declínio da cidade. Depois da primeira partição da Polônia, Polotsk ficou reduzida à importância de uma pequena cidade provincial do Império Russo.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– Catedral de Santa Sofia: construída, inicialmente, entre 1044-1066, foi o símbolo do apogeu arquitetônico da cidade, rivalizando com as igrejas de mesmo nome de Velikiy Novgorod e Kiev, na Rússia, e fazendo referência à original Santa Sophia, em Constantinopla. O atual edifício barroco, porém, data da metade do século XVIII.
– Convento de Santa Eufrosina: alguma arquitetura genuína do século XII ainda permanece neste convento, que também apresenta uma catedral neobizantina, desenhada por Konstantin Thon.
– Legados culturais do período medieval, como os trabalhos da freira Eufrosina de Polatsk (1120-1173), que construiu monastérios, transcreveu livros, promoveu a literatura e patrocinou a arte (inclusive a famosa “Cruz de Eufrosina”, do artesão local Lazarus Bohsha, um símbolo nacional e tesouro perdido durante a Segunda Guerra Mundial), e os sermões originais em eslavo eclesiástico e escritos do Bispo Cyril de Tura? (1130-1182).
Os bielorrussos têm especial predileção por cogumelos, e colhê-los é um ritual local. Muitos pratos principais usam o fungo de um jeito ou de outro. Os pratos populares incluem hrybi v smtane (cogumelos com molho azedo), sopa de hribnoy e kotleta pokrestyansky (carne de porco com cogumelos). Outros ingredientes importantes são o alho, o peixe e o caraway (uma espécie de semente). Kvas é a bebida favorita, feita de farinha, açúcar, menta e frutas.

Para citar uma superstição ou curiosidade, os bielorussos quando se casam, costumam ir a alguma ponte e fechar um cadeado na ponte, como símbolo de amor eterno e fidelidade. Só não nos contaram o que fazem com o cadeado quando acontece o divórcio (cadeados na foto à direita).
QUEM LEVA:
SGE TURISMO – www.sgeturismo.com.br
DICA: Procure saber se o guia é o Elias Zorzi. Ele é o queridinho de 10 entre 10 clientes exigentes.
Faça sua reserva com a Cirlei, através do email [email protected]Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , com a certeza que será muito bem atendido
Fotos e Texto: Dina Barile
Pesquisa e fonte: Milo Fogliato e Wikipedia
Veja mais fotos clicando em: BIELORRÚSSIAPARA SABER UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA, continue a ler.
Aleksandr Lukashenko, presidente da Bielorrússia, é considerado um ditador por vários políticos europeus e está no poder há 17 anos. A democracia é um conceito não praticado neste país, que continua isolado pela comunidade internacional, incluindo a europeia. Apesar de vários estímulos e pedidos da oposição bielorrussa, a União Europeia nada faz para forçar a saída de Lukashenko. O país apresenta níveis altamente preocupantes de inflação, desemprego e desvalorização da moeda, bem como falta de investimento estrangeiro – excluindo a Rússia. No decorrer dos anos o ditador mudou a Constituição de maneira a garantir a permanência no poder.
O aparecimento da Bielorrússia remonta aos principados eslavos que se estabelecem na região entre os séculos VI e VIII. Submeteram-se, em meados do século IX, à cidade-estado de Kiev, que deu origem à Rússia. Nos séculos seguintes, o território é invadido por tártaros da Mongólia, lituanos e polacos. No século XVIII, é anexado ao Império Russo e, em 1922, torna-se a República Socialista Soviética da Bielorrússia, integrada à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Mais de dois milhões de pessoas morrem durante a ocupação nazista e consequente marcha do Exército Vermelho, entre 1941 e 1944.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o país incorpora territórios de população bielorrussa pertencentes à Polônia. Nos anos 1980, a Bielorrússia é reduto da resistência comunista às reformas democratizantes do presidente soviético Mikhail Gorbachev. Em agosto de 1991, a independência da Bielorrússia é proclamada, e o país integra a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Em 1994, é eleito presidente o populista Aleksandr Lukashenko, que defende a união com a Federação Russa. Ele convoca, no fim de 1996, um referendo que estende seu mandato até 2001 e aumenta seus poderes.
Em 1997, a Bielorrússia e a Federação Russa ratificam tratado que prevê a unificação das políticas externa, econômica e militar. No ano seguinte, a cotação do rublo bielorrusso cai pela metade, e a crise que se instala força o racionamento de alimentos. Um acordo para a unificação monetária e tributária em 2008 é assinado com o governo russo.