UCRÂNIA, beleza e história reveladas

A Ucrânia é um país da Europa Oriental que só ganhou sua independência após o colapso da União Soviética em 1991.
É o segundo maior país da Europa, e sua paisagem é formada principalmente por planícies férteis ou estepes e planaltos, atravessados por rios que correm na direção sul e escoam no Mar Negro e no pequeno Mar de Azov.
A sudoeste, o delta do Danúbio serve de fronteira com a Romênia. Só se encontram montanhas a oeste, a cordilheira dos Cárpatos, cujo ponto culminante é o Hora Hoverla (2 061 m), e no sudeste da península da Crimeia, a Cordilheira da Crimeia.

LVIV é uma importante cidade do oeste da Ucrânia, situada a 70 km da fronteira com a Polônia. É uma cidade encantadora, onde a cultura e a língua ucranianas sobreviveram e prosperaram. Apesar da proximidade com a Polônia, possui características mais próximas às culturas austríaca e húngara.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– Igreja de São Lourenço, datada do século XVII, esta igreja foi construída pelo arquiteto italiano Pawel Szczesliwy, conhecido como “Paolo, o Sortudo”, como o panteon do comandante Zolkiewski e sua família. Durante a ocupação soviética, foi transformada em armazém e novamente em igreja após a declaração de independência da Ucrânia, no início dos anos 1990. Sua torre hexagonal, originalmente uma parte da fortificação de Zhovkva, inclina-se um pouco para o leste.
– Relíquias de São Parthenius, mártir cristão de Roma que viveu no século III, cujas relíquias foram levadas para Zhovkva em 1784. Estas relíquias são mantidas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, sob os cuidados dos monges da igreja greco-católica ucrania.

As principais atrações turísticas da cidade são:
– O centro da cidade, desenhado por arquitetos italianos, franceses, alemães e russos, possui monumentos e praças que ainda conservam seu encanto. Como sugestão, inicie o passeio na famosa escadaria Potemkin que, com os seus 140 metros, desce de forma surpreendente até a orla marítima.
Nela encontra-se de tudo. Malabaristas, artistas variados e muitos moradores locais (à direita) com animais oferecidos para fotos, em troca de dinheiro. São águias, pavões, palombinhas etc.
Nesta escadaria (à esquerda) foi filmada a famosa cena do massacre na escadaria do filme Encouraçado Potemkin, realizado em 1925 por Serguei Eisenstein, que se tornou um marco da história do cinema mundial. A escadaria, uma notável estrutura, juntamente com o monumento ao Duque de Richelieu, com as casas em semicírculo e com o conjunto de edifícios que surgiram no Boulevard Primorsky, tornaram-se o verdadeiro símbolo de Odessa.
Siga para a Catedral Uspensky, a principal igreja de Odessa. Construída em 1969, a sua fachada reúne os estilos russo e bizantino. Atente para o campanário de 53 metros de altura. Nesta catedral, encontra-se o ícone milagroso Kasperovskaya da Mãe de Deus, do século XVI.

– Catacumbas de Odessa: Compreendem cerca de 2500 metros de galerias labirínticas sob a cidade. Nos tempos do Império Russo, as catacumbas eram frequentemente utilizadas tanto por contrabandistas, como por maçons, para suas reuniões. Em 1941, com a chegada das tropas fascistas, foram convertidas em uma fortaleza e baluarte do poder soviético na cidade ocupada.
– Museu de Belas Artes, situado no antigo palácio do Conde Pototsky, apresenta uma coleção incrível de ícones russos e de pinturas anteriores ao século XV.
– Museu Arqueológico é um dos mais antigos museus da Ucrânia, fundado em 1825. Desde 1997, funciona não somente como um museu, mas também como um instituto de pesquisa científica, voltada para a arqueologia das sociedades primitivas da região norte do Mar Negro e arqueologia da Idade Média.


– Chersonese – Museu Nacional de História e Arqueologia. Criado no próprio local das escavações da antiga e medieval cidade de Chersonese, localizada na parte oeste de Sebastopol, na Península Heracliana.
– Catedral de São Vladimir é um dos principais santuários ortodoxos da Ucrânia e maior catedral da Crimeia. Em 1924, a catedral foi fechada e durante a Segunda Guerra Mundial ela foi destruída. Em 2001, a igreja foi reaberta após trabalhos de reconstrução.

O território de Bakhchisarai foi povoado por humanos há mais de 40 mil anos. No século XV, foi ali fundada a capital do Khanato da Crimeia. A cidade foi construída por hábeis construtores locais e prisioneiros ucranianos e russos, bem como por construtores do Irã, Itália e Turquia.

Balaclava é uma vila situada na península da
O poeta britânico Alfred Tennyson (1.º Barão Tennyson) imortalizou essa batalha em versos. A balaclava, uma cobertura (máscara) bem justa para cobrir toda a cabeça com nariz, deixando livres olhos e boca, também tomou o nome do local, por aí ter sido usada pela primeira vez.
Estes acordos são essenciais para a compreensão do mundo pós-guerra. As diretrizes afirmadas nesta reunião determinaram boa parte da ordem durante a Guerra Fria, precisando as zonas de influência e ação dos blocos antagônicos, capitalista e socialista. Contudo, em 1991, após a queda do socialismo, o ambiente internacional entrou em um período de transição, abandonando estes preceitos.

– Jardim Botânico de Nikitsky, contém cerca de 28.000 espécies de plantas. No jardim, há uma das mais ricas coleções de rosas – mais de 2.000 espécies.
– Museu Tchecov, o museu mais especial, dentre os oito museus do mundo dedicados ao escritor russo Tchecov. É a única casa em que Tchecov viveu e que permanece como se ele ainda estivesse vivendo ali (ele partiu dali pela última vez em maio de 1904 e morreu dois meses mais tarde). Construído segundo as próprias especificações do escritor, é circundado por um belo jardim, plantado por ele próprio. Foi nesta casa que ele escreveu suas obras-primas dramáticas As três irmãs e O pomar de cerejas, e estórias como O bispo e A moça com o pequeno cão.
– Castelo do Ninho da Andorinha (à esquerda), no topo do Penhasco Aurora, a 40 metros de altura. Foi projetado pelo arquiteto russo Leonid Sherwood, em estilo neogótico. Do castelo, pode-se admirar o cabo Ai-Todor, no mar Negro. Desde 1975, está funcionando no castelo um restaurante italiano.
– Catedral de Yalta (Catedral do Santo Agradecimento Príncipe Aleksandr Nevsky), principal catedral ortodoxa de Yalta. O edifício da catedral está ligado à Casa Imperial de Aleksandr Nevsky, considerado santo, sendo construído em honra a Alexandre II da Rússia, que foi assassinado.
– Palácio Vorontsovsky – Construído por um arquiteto inglês, entre 1828 e 1848, para rivalizar com o Palácio Livadia. Partencia ao Conde Vorontsov, governador de Odessa. A fachada norte oferece um aspecto Tudor medieval, enquanto que a fachada sul é uma cópia da Alhambra de Granada. É um dos melhores palácios de toda a Ucrânia. Possui um vasto parque, com coleções de espécies raras de árvores. Situa-se em Alupka, uma cidade-balneário da Crimeia, situada a 17 km de Yalta.
– Região Vinícola – A principal zona vinícola da Ucrânia situa-se em Yalta. A produção centra-se nos vinhos doces e de sobremesa. Uma das principais vinícolas é a Vinícola Massandra.

O transporte público em Kiev conta com metrô (subterrâneo), ônibus, trólebus e bondes. O metrô de Kiev, de propriedade pública, é o sistema mais rápido, mais conveniente e mais acessível, cobrindo a maior parte da cidade. Mas existe um transporte público muito curioso, é um bar em movimento, cujos ocupantes aproveitam para tomar uma cervejinha (foto à esquerda).

As principais atrações turísticas da cidade são:
– Praça da Independência no centro da cidade, onde duas colunas altas elevam dois monumentos modernos dos protetores da cidade: Arcanjo Miguel, o protetor histórico de Kiev, e a deusa protetora Berehynia, uma invenção moderna.
– Museu Nacional da História da Segunda Guerra Mundial, um complexo memorial comemorativo à II Guerra Mundial, aberto no dia 9 de maio de 1981, o Dia da Vitória, pelo líder soviético Leonid Brezhnev. É um dos maiores museus do país, disposto em torno da famosa estátua da Pátria-Mãe, com 62 metros de altura, que tornou-se um dos pontos de referência mais reconhecidos de Kiev.
– Catedral de Santa Sofia (à direita) é uma das mais antigas catedrais de Kiev e está sob o patrocínio da UNESCO. Antigamente, na catedral se encontrava o trono do príncipe, escreviam-se as crônicas, faziam-se traduções de livros de línguas estrangeiras e foram criadas a primeira biblioteca e escola na Rus de Kiev. Sobreviveram até aos nossos dias 260 metros quadrados de mosaicos únicos e 3000 metros quadrados de afrescos do século ??. A mais notável obra-prima em mosaico da Sofia de Kiev é a imagem de 6 metros de Oranta, Virgem Santa Maria, com as mãos erguidas em oração. Na catedral estão sepultados Yaroslav, o Sábio, e outros príncipes de Kiev. A igreja foi destruída pelos tártaros mongóis e reconstruída em estilo barroco ucraniano.
– Catedral de São Vladimir é a catedral-mãe da Igreja Ortodoxa Ucraniana. Erguida para comemorar os 900 anos do batizado do príncipe russo Vladimir, o Grande de Kiev, foi feita com doações de todo o povo russo. O interior multicolorido da igreja chama a atenção pelos mosaicos executados por mestres venezianos e afrescos criados por mestres-pintores. O iconostasis, a parede ou biombo que separa o sacrário da nave principal, é esculpido em mármore branco de Carrara e como todos os iconostasis das catedrais russas, é o local de veneração dos santos ícones.
– Igreja de Santo André é do arquiteto italiano Bartolomeo Rastrelli, o mesmo que construiu o Palácio de Inverno de São Petersburgo. Em estilo barroco, situa-se na parte superior da famosa Descida de Santo André, no lugar onde o Apóstolo André, o Protocletos, declarou: “Aqui surgirá uma grande cidade cristã”. Do terraço rodeado por balaustradas da Igreja de Santo André abre-se uma vista deslumbrante sobre o bairro Podol e o rio Dnipro.
– Catedral de São Mykhailo, cuja história reflete a história da própria Ucrânia. A catedral foi construída em 1108-1113, e sobreviveu à invasão tártaro-mongol, mas não pôde resistir aos bárbaros soviéticos que destruíram o santuário em meados da década de 1930. Antes de destruir um conjunto histórico único, a maior parte dos afrescos e mosaicos antigos foram levados para os museus na Rússia, em particular para o Hermitage (São Petersburgo). Em 1990, foi tomada a decisão de reconstruir a Catedral de São Mykhailo, com base em documentos históricos. A catedral reconstruida abriu as suas portas em 1998. Atualmente, é uma igreja em atividade do mosteiro ortodoxo masculino de São Mykhailo. Em 2004, os afrescos originais da Catedral de São Mykhailo que se encontravam no Hermitage foram devolvidos à Ucrânia.
– Museu ao Ar Livre da Arquitetura e Vida do Povo da Ucrânia (Museu Pyrohiv ou Pirogovo) contém mais de 300 exemplares da arquitetura popular trazidas das mais diversas partes do país e cuidadosamente remontadas. A pitoresca colina com diversos moinhos de vento é a peça central do museu e a totalidade de seu território está dividida em setores, cada um representando a arquitetura popular e a vida do povo de uma região específica da Ucrânia. Casas comuns, pequenos armazéns e antigas igrejas de madeira possuem itens autênticos que representam o estilo de vida cotidiano de seus moradores. Uma das principais características do museu são as performances teatrais e as celebrações dedicadas a diferentes festas populares.

– Museu Nacional de Chernobyl é dedicado à maior catástrofe tecnológica do século ??, que aconteceu em 26 de abril de 1986, na central nuclear de Chernobyl. Em cinco salas, estão expostas mais de 7000 peças, incluindo documentos, mapas, fotografias, objetos pessoais e de uso corrente de moradores da cidade de Chernobyl, de trabalhadores da central nuclear e de testemunhas da catástrofe. O relógio marca a hora exata do acidente.
– O mosteiro Kievo-Pecherska Lavra foi fundado em 1051, em grutas, pelo monge Antoniy e mais tarde ampliado pelo seu aluno, o superior Feodosiy, a quem se devem as primeiras construções à superfície. No complexo do mosteiro encontram-se a Catedral da Assunção, o Grande Campanário do Lavra, com a altura de 96,5 metros, o refeitório, a Igreja da Santíssima Trindade, do século ??, as Grutas Próximas e Distantes, com as relíquias intactas dos santos. No território da Lavra está sepultado o Príncipe de Kiev, Yuriy Dolgorukiy, que fundou Moscou em 1147. Atualmente protegida pela UNESCO, a Reserva Nacional Kievo-Pecherska Lavra, que inclui 144 edifícios, é o maior conjunto de museus da Ucrânia. Entre os mais interessantes – o Museu de Tesouros Históricos, o Museu do Livro e da Imprensa da Ucrânia e o Museu de Microminiaturas de N.Siadrysty. No Museu de Miniaturas estão expostos objetos que apenas podem ser vistos com o auxílio de uma lupa: uma pulga com ferraduras, uma rosa no interior de um cabelo, uma caravana de camelos no buraco de uma agulha e outras maravilhas.
– Palácio Mariyinsky, projetado e construído de 1745 a 1752, e posteriormente reconstruído em 1870.
– Museu Nacional de História da Ucrânia onde oitocentos mil artefatos de museu, peças de arqueologia, etnografia, numismática, livros antigos impressos na segunda metade do século XVII, armas, manuscritos, esculturas, pinturas, etc., refletem os vários aspectos da história da Ucrânia, desde a pré-história até os tempos modernos.
– Distrito de Podol, bairro muito popular por sua atmosfera especial, com muitos bares, cafés e restaurantes, a proximidade com o rio e pontos turísticos. Foi destruído por enchentes, pelo fogo, pelos inimigos e sua demolição havia sido planejada desde há muito, mas ele nunca desapareceu. Próximo, há a estação fluvial, onde os barcos partem para tours pelo rio e também o funicular, que pode levar as pessoas de volta ao centro.

– Outros marcos arquitetônicos: O Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas, o reconstruído Portão de Ouro, o Hotel Salut, cilíndrico, localizado em frente à Praça da Glória e da chama eterna do Túmulo do Soldado Desconhecido (memorial da Segunda Guerra Mundial), e a Casa com Quimeras.
– Monumentos: a estátua de Bohdan Khmelnytsky, montado em seu cavalo, perto da Catedral de Santa Sofia (obra de Mikeshin); o monumento a Kyi, Schek e Khoryv e Lybid, os fundadores lendários da cidade, localizado no dique do Dnieper.
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Pesquisa e fonte: Milo Fogliato e Wikipedia
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O atual território da Ucrânia foi, pelo menos desde o século IX, o centro da civilização eslava oriental que veio a formar o Principado de Kiev, antecessor da Rússia, da Ucrânia e da Bielorrússia. Ao longo dos séculos seguintes, a região foi partilhada entre as potências regionais. Após um período de independência (1917-1921) em seguida à Revolução Russa, a Ucrânia tornou-se, em 1922, uma das Repúblicas Soviéticas fundadoras da URSS. O território da República Socialista Soviética da Ucrânia foi ampliado na direção oeste após a Segunda Guerra Mundial e, novamente em 1954, com a transferência da Crimeia.
O Principado de Kiev (800 – 1100)
Durante os séculos X e XI, o território da Ucrânia tornou-se o centro de um Estado poderoso e prestigioso na Europa, o Principado de Kiev, o que estabeleceu a base das identidades nacionais ucraniana e das demais nações eslavas orientais nos séculos subseqüentes. A capital do principado era Kiev, conquistada aos czares por Askold e Dir por volta de 860. A invasão mongol do século XIII conferiu ao principado o golpe de misericórdia, do qual nunca se recuperaria.
Na região correspondente ao atual território da Ucrânia, sucedeu ao Principado de Kiev os Principados de Halych e de Volodymyr-Volynskyi, posteriormente fundidos no Estado da Halych-Volynia. Em meados do século XIV, o Estado foi conquistado por Casimiro IV da Polônia, enquanto que o cerne do antigo Principado de Kiev – inclusive a cidade de Kiev – passou ao controle do Grão-Ducado da Lituânia. O casamento do Grão-Duque Jagelão da Lituânia com a Rainha Edviges da Polônia pôs sob controle dos soberanos lituanos a maior parte do território ucraniano.
Em meados do século XVII, um quase Estado cossaco, o Zaporozhian Sich, foi criado pelos cossacos do Dnieper e pelos camponeses rutenos que fugiam da servidão polonesa. A Polônia não tinha o controle efetivo daquela área, hoje no centro da Ucrânia, que se tornou então um Estado autônomo militarizado, ocasionalmente aliado à Comunidade. Entretanto, a servidão do campesinato pela nobreza polonesa, a ênfase da economia agrária da Comunidade na exploração da mão-de-obra servil e, talvez a razão mais importante, a supressão da fé ortodoxa terminaram por afastar os cossacos e a Polônia. Assim, os cossacos voltaram-se para a Igreja Ortodoxa Russa, o que levaria eventualmente à queda da Comunidade Polaco-Lituana. A grande rebelião cossaca de 1648 contra a Comunidade e o Rei João II Casimiro levou à partilha da Ucrânia entre a Polônia e a Rússia, após o tratado de Pereyaslav e a Guerra Russo-Polonesa.
O colapso dos Impérios Russo e Austríaco após a Primeira Guerra Mundial, bem como a Revolução Russa de 1917, permitiram o ressurgimento do movimento nacional ucraniano em prol da auto-determinação. Entre 1917 e 1920, diversos Estados ucranianos se declararam independentes. Contudo, a derrota daquela última na Guerra Polaco-Ucraniana e o fracasso polonês na Ofensiva de Kiev (1920) da Guerra Polaco-Soviética fizeram com que a Paz de Riga, celebrada entre a Polônia e os bolcheviques em março de 1921, voltasse a dividir a Ucrânia. A porção ocidental foi incorporada à nova Segunda República Polonesa e a parte maior, no centro e no leste, transformou-se na República Socialista Soviética Ucraniana em março de 1919, posteriormente unida à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, quando esta foi criada, em dezembro de 1922. Para atender a necessidade de maiores suprimentos de alimentos e para financiar a industrialização, Stálin estabeleceu um programa de coletivização da agricultura pelo qual o Estado combinava as terras e rebanhos dos camponeses em fazendas coletivas. O processo era garantido pela atuação dos militares e da polícia secreta: os que resistiam eram presos e deportados. Os camponeses viam-se obrigados a lidar com os efeitos devastadores da coletivização sobre a produtividade agrícola e as exigências de quotas de produção ampliadas. Tendo em vista que os integrantes das fazendas coletivas não estavam autorizados a receber grãos até completarem as suas impossíveis quotas de produção, a fome tornou-se generalizada. Este processo histórico, conhecido como Holodomor (ou Genocídio Ucraniano), levou milhões de pessoas a morrer de fome. Na mesma época, os soviéticos acusaram a elite política e cultural ucraniana de “desvios nacionalistas”, quando as políticas de nacionalidades foram revertidas no início dos anos 1930. Duas ondas de expurgos (1929-1934 e 1936-1938) resultaram na eliminação de quatro-quintos da elite cultural da Ucrânia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns membros do subterrâneo nacionalista ucraniano lutaram contra nazistas e soviéticos, indistintamente, enquanto que outros colaboravam com ambos os lados. Em 1941, os invasores alemães e seus aliados do Eixo avançaram contra um desesperado Exército Vermelho. No cerco de Kiev, a cidade foi designada pelos soviéticos como “Cidade Heróica” pela feroz resistência do Exército Vermelho e da população local. As perdas totais civis durante a guerra e a ocupação alemã na Ucrânia são estimadas em entre cinco e oito milhões de pessoas, inclusive mais de meio milhão de judeus. Dos onze milhões de soldados soviéticos mortos em batalha, cerca de um quarto eram ucranianos étnicos.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, as fronteiras da Ucrânia soviética foram ampliadas na direção oeste, unindo a maior parte dos ucranianos sob uma única entidade política. A maioria da população não-ucraniana dos territórios anexados foi deportada. Após a guerra, a Ucrânia tornou-se membro das Nações Unidas. O colapso da União Soviética em 1991 permitiu a convocação de um referendo que resultou na proclamação da independência da Ucrânia. Em 2004, a chamada Revolução Laranja encerra a era Leonid Kuchma, levando ao poder Viktor Yushchenko. Dois anos depois, Viktor Yanukovych ascende ao cargo de primeiro-ministro.