O Aquece Rio – Concurso Completo Internacional terminou neste domingo (09.08), no Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, do mesmo jeito que começou: recebendo elogios. Depois de dirigentes e membros de outros países que vieram ao país observar o evento-teste avaliarem positivamente a estrutura que vai receber os Jogos Olímpicos em 2016, os atletas brasileiros que competiram também se mostraram satisfeitos com o que viram ao longo dos três dias de disputas.
O título do evento-teste ficou com Márcio Jorge, medalhista de prata e de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O cavaleiro completou a prova de salto neste domingo sem faltas e confirmou o título com um total de 44.50 pontos de penalização. O segundo lugar ficou com Márcio Appel, com 63.30, e o terceiro foi para Marcelo Tosi, com 67.20.
Além de comemorar o título, Jorge voltou a enfatizar a qualidade do evento em termos de estrutura e organização. “Funcionou super bem, está um espetáculo. Não precisa mudar nada. O cross (country) está muito legal, os cavalos ficaram bem alojados. Agora é só continuar o trabalho duro que estão fazendo até aqui”, comentou o campeão do Aquece Rio.
Para ele, a única coisa que pode melhorar não pode ser controlada. “Se desse para falar com São Pedro para fazer menos calor…”, brincou o cavaleiro, ao ressaltar as altas temperaturas do inverno do Rio de Janeiro.
Segundo colocado na competição, que reuniu provas de adestramento, cross-country e saltos, Márcio Appel seguiu a mesma linha de Jorge em relação ao sucesso do torneio realizado no Centro Nacional de Hipismo.
“Foi maravilhoso. Acho que surpreendeu a todo mundo. Conversei bastante com o pessoal de fora e ficaram todos surpresos. Os comentários foram muito positivos. Tivemos delegações do mundo inteiro aqui e as instalações estão excelentes”, elogiou. “Acabou o medo da doença (mormo) também, viram que estamos totalmente isolados”, acrescentou o atleta, citando o problema que causou polêmica antes da competição.
Outros competidores que também saíram satisfeitos de Deodoro foram Nilson da Silva, quinto colocado no geral, e Serguei Fofanoff, sexto. “Foram três dias de um evento de primeiro mundo. O que a gente tem aqui é o que tem nas melhores pistas da Europa e dos Estados Unidos. Não deixamos a desejar a ninguém. Estamos no caminho certo. Estão todos de parabéns: a Confederação, a organização e o Ministério do Esporte”, destacou Nilson. “Venho aqui desde moleque, conheço o lugar há mais de 30 anos e está muito melhor do que eu esperava. Fora de série”, completou Fofanoff.
Após os Jogos, os atletas esperam que o Centro Nacional de Hipismo e sua nova estrutura sirvam para seguir melhorando o desempenho do Brasil na modalidade. “Não têm obstáculos e pistas melhores do que estas. Vai ser um legado para o nosso esporte. É responsabilidade nossa manter isso aqui, conservar o que deixaram. É uma missão de todos nós”, afirmou Márcio Appel.