Com 10 canções “de arranjos artesanais e sonoridade armorial”, Ricardo Dutra e Quinteto Aralume fazem o pré-lançamento do álbum Canteiro de Alumiá nos dias 20 e 21 de julho no Teatro Arthur de Azevedo, com entrada gratuita
Chamado de “trovador contemporâneo”, o compositor, cantador e instrumentista Ricardo Dutra e o Quinteto Aralume, de música instrumental brasileira, lançam o álbum Canteiro de Alumiá, no Teatro Arthur de Azevedo, nos dias 20 e 21 de julho, com entrada gratuita.
De maneira poética e imbuídas de lirismo melódico, os temas das 10 composições do álbum abordam histórias do povo brasileiro e a natureza que os rodeia, unidas ao refinamento artesanal dos arranjos, que proporcionam a este trabalho a sonoridade armorial.
“[…] Ricardo Dutra, qual um menestrel, canta o que seus olhos veem e o seu coração sente construindo uma narrativa que busca um mundo mais sensível, idílico, onde a natureza em seu equilíbrio seja a verdadeira regente de todas as relações… Numa espécie de evocação a todos os cantadores, o encontro de Ricardo com o Aralume celebra musicalidades presentes no Brasil de Dentro… Um belo disco onde a criação e a busca sonora se confundem com o viver e com o sonho da construção de um mundo mais humano“, escreveu o professor da USP e violeiro Ivan Vilela que faz a apresentação do disco no encarte do álbum.
Parceria inusitada
A inspiração para a parceria surgiu depois que Ricardo Dutra assistiu a uma aula espetáculo do Quinteto Aralume, que realizava uma homenagem a Antonio Madureira, líder do Quinteto Armorial, grupo que fez sucesso na década de 1970, ao criar uma música erudita brasileira de raízes populares. O Quinteto Armorial nasceu no contexto do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor Ariano Suassuna, este movimento cultural surgiu no Recife e se espalhou pelo Brasil.
“Fui tomado por uma sensação estética e histórica da música dos trovadores… foi uma experiência luminosa que me deu outra perspectiva da música do cancioneiro antigo… uma idéia central do disco, do cultivo à luz, do canteiro que você cultiva, que você planta a luz, e essa luz é a música, é o canto,… E o próprio nome Aralume, que pela etimologia seria uma junção de uma luz numa pedra num altar, neste disco, Aralume é o próprio ato de arar a luz“, disse Antonio Madureira apos ouvir o álbum, em seu depoimento transcrito no encarte do CD.
O que é Canteiro de Alumiá?
O nome do espetáculo Canteiro de Alumiá merece uma explicação. A palavra canteiro neste espetáculo traz seus diversos significados: o canteiro de obra, o canteiro de cantaria (arte de talhar pedra), e também o canteiro de flores, sendo a flor um elemento poético bem utilizado nas letras das canções. Todos estes canteiros formam o Canteiro de Alumiá, um lugar de tarefa e lapidação desta obra musical, que alumia com o encanto das canções que nele brota e fecunda.
O álbum também conta com a participação especial da cantora Leticia Torança em três faixas.
O projeto tem o apoio do Edital Música da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Serviço
Pré-Lançamento CD Canteiro de Alumiá
Teatro Arthur de Azevedo
Duração: 60 minutos
20 e 21 de julho – Sabado às 19h; e Domingo às 17h
Av. Paes de Barros, 955 – Mooca, São Paulo
Entrada gratuita
Ficha técnica
Ricardo Dutra: Voz, Violão e Viola Brasileira
Ana Elisa Colomar: Flautas
Bruno Menegatti: Rabeca
Francisco Andrade: Viola Brasileira
Thiago Moretti: Violão
Yonan Daniel Violoncelo
Participação Especial: Leticia Torança – Voz
Iluminadora: Vania Jaconis
Engenheiro de Som: Gustavo do Vale
Cenógrafa: Natali Padovani
Links:
Música – Profissão: https://www.youtube.com/watch?v=RkogGRgpGgo
Música – Canteiro de Alumiá: https://www.youtube.com/watch?v=FKaQkrciSqc
Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=KqjVkbhGeHI