Já ouviu falar dessa Síndrome? Em um mundo cheio de prazos e horários como o de hoje, fica difícil encontrar alguém que não tenha pressa ou que não se importe com o passar do tempo. No entanto, se houver preocupação excessiva com o assunto, pode ser que a pessoa seja vítima da Síndrome da Pressa, que pode implicar em consequências importantes para a saúde e para a vida profissional.
A chamada Síndrome da Pressa é estudada desde a década de 1980, apesar de não ser reconhecida pela psiquiatria oficialmente. Trata-se, na realidade, de um conjunto de comportamentos que podem comprometer um indivíduo. Quem sofre com o problema – e qualquer pessoa está sujeita, já passou, está passando ou passará em algum momento da vida – está literalmente com pressa o tempo todo. Ou seja, a pessoa não fica ansiosa em um contexto específico. Isso acontece 24h. A pessoa tende a acreditar que tem pouco tempo para executar suas tarefas, acumula cada vez mais funções e se sente culpado se não faz mais coisas além daquelas com as quais já se comprometeu. Além disso, há sinais como tensão, hostilidade, impaciência, valorização da quantidade e desvalorização da qualidade, sono agitado, inadmissão a atrasos, problemas de memorização e interrupção da fala de outras pessoas. É fácil, então, confundir Síndrome da Pressa com estágios mais avançados de estresse.
De acordo com especialistas da Thomas Case & Associados, consultoria especializada em gestão de carreiras e de RH, no caso dos profissionais, a Síndrome da Pressa acaba tornando-os mais competitivos e agressivos, com desejo de produzir mais em menos tempo. Isso, de certa forma, seria positivo para as empresas, que buscam a superação de limites e os melhores resultados no menor tempo possível. Porém, as pessoas desenvolvem problemas de concentração e a criatividade é afetada pelo imediatismo. Isso leva a um acúmulo de atividades e a profissionais que não sabem se desconectar do trabalho e ter momentos de lazer. Com o passar do tempo isso pode virar um ciclo cujo fim não chega.