Urinal, O Musical encerra temporada no próximo dia 21 de abril

UrinalMontagem original estreou em Nova York, em 2001, e foi vencedora de 3 prêmios Tony. A versão brasileira dirigida por Zé Henrique de Paula tem 21 indicações a prêmios, entre eles o Shell e APCA. Com 16 atores e 5 músicos no elenco, o espetáculo aborda a questão da escassez de água

A versão brasileira para a comédia musical dos americanos Greg Kotis e Mark Hollmann, Urinal, O Musical dirigida por Zé Henrique de Paula e com direção musical de Fernanda Maia reestreia no Teatro Porto Seguro, dia 17 de fevereiro, quarta-feira, às 21h. Temporada às quartas e quintas, às 21h.

A montagem que reúne 16 atores e 5 músicos no elenco recebeu 21 indicações a prêmios: indicação ao prêmio APCA de direção para Zé Henrique de Paula; 3 indicações ao prêmio Shell (direção, ator e figurino), 8 indicações ao prêmio Bibi Ferreira (direção, direção musical, versões, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, figurino, atriz e musical), 5 indicações ao prêmio Aplauso Brasil (direção, iluminação, ator coadjuvante, atriz coadjuvante e musical) e 4 indicações ao Prêmio Arte Qualidade Brasil (espetáculo, ator, atriz e direção). Montagem original chamada Urinetown, Cidade da Urinaestreou em Nova York, em 2001, e foi vencedora de três prêmios Tony.

Em Urinal, O Musical uma seca de vinte anos (época conhecida como os Anos Fedidos) causou uma terrível falta de água, fazendo com que banheiros particulares deixassem de existir. Toda a atividade sanitária da população é realizada em banheiros públicos controlados por uma megacorporação chamada Companhia da Boa Urina, comandada pelo ardiloso Patrãozinho. Para controlar o consumo de água, as pessoas devem pagar para usar essas dependências.

Há leis severas garantindo que o povo pague para fazer xixi, e se elas forem quebradas, o culpado é enviado para uma suposta colônia penal chamada “Urinal”, de onde os criminosos jamais retornam. Tudo caminha bem, até que o jovem Bonitão, incitado pela bela e radiante Luz, aprende a ouvir seu coração e inicia uma revolta popular que pode mudar o destino de todos. A peça se inicia com uma saudação de boas vindas do Policial, o narrador, assistido pela jovem de rua Garotinha.

“A escolha do texto se deu, principalmente, pela atualidade e contundência dos temas que aborda: o consumismo, o poder das corporações, a escassez de recursos naturais e a vida em padrões sustentáveis. Em meio à maior crise hídrica já vivida no estado de São Paulo, nos parece essencial trazer ao debate as consequências de um estilo de vida que já ultrapassou todos os limites de sustentabilidade. Por meio do humor e da música, questões urgentes são trazidas à cena, ilustrando um futuro apocalíptico que em muito se assemelha ao presente que vivemos”, afirma o diretor Zé Henrique de Paula.

A montagem tem como inspiração principal os cabarés alemães na primeira metade do século XX, especialmente da obra de Brecht e Weil. “Os próprios autores declararam beber diretamente da Ópera de três vinténs, cuja ambiência sombria e decadente lembra muito a de Urinal. Ao mesmo tempo, a peça é uma distopia futurista a la George Orwell e Aldous Huxley, o que nos impeliu a estudar essa forma específica e as inúmeras maneiras de aplicá-la a uma encenação teatral”, completa Zé Henrique.

“Em Urinal experimentamos trabalhar com um musical americano em moldes completamente diferentes dos que observamos em musicais desse tipo, mesmo em nosso país. Primeiro, não realizamos audições, o elenco é quase todo formado por de atores com grande experiência em teatro e com pouca ou nenhuma experiência em musicais. Segundo, o tratamento sonoro, há uma heterogeneidade muito grande de idades e tipos físicos dentro do elenco e isto se reflete na sonoridade do grupo”, afirma a diretora musical Fernanda Maia.

Uma banda instrumental formada por piano, baixo, bateria, clarinete, saxofone e trombone acompanham o espetáculo. A cenografia e figurinos são assinados por Zé Henrique de Paula. A peça se passa em vários espaços, foi criado um dispositivo cenográfico com escadas e níveis, que multiplicam e diversificam esses ambientes. A inspiração são os becos vitorianos, as imagens de Gotham City, as fábricas abandonadas e a arquitetura dos banheiros públicos no fim do século XIX.

Os figurinos criam uma mistura de épocas, para alcançar esse futuro indefinido onde se passa a ação da peça. Uma referência muito especial foi o estudo de um ramo da moda chamado moda pós-apocalíptica ou moda distópica, que se utiliza de sobreposições de camadas para causar um efeito de estranhamento e devastação. A luz de Fran Barros atua como um comentarista da ação, com seus climas sombrios, utilizando-se também de luz fria e outras fontes alternativas de iluminação.

“É muito importante salientar que a grande maioria dos recursos materiais usados na montagem (material de cenário, figurino e iluminação) foi reciclada e não comprada. Tecidos, madeira, ferragens, aviamentos, mobiliário, objetos, tudo foi reciclado de doações recebidas e acervo do grupo. Esse material recebeu tratamento adequado e foi customizado às necessidades da produção, gerando aproveitamento integral de recursos e mínima geração de resíduos durante sua execução”, finaliza o diretor.

Realizado pelo Núcleo Experimental com recursos provenientes do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, URINAL tem preparação de atores de Inês Aranha, que também é responsável pelas coreografias ao lado de Gabriel Malo. O projeto sonoro é de Raul Teixeira e a coordenação de produção de Claudia Miranda.

Sobre Greg Kotis

É autor de inúmeras peças e musicais, incluindo Michael von Siebenburg Melts Through the Floorboards, Yeast Nation (letras e música), The Unhappiness Plays, The Boring-est Poem in the World, The Truth About Santa, Pig Farm, Eat the Taste, Urinetown (texto e letras, pelo qual ganhou um Obie Award e dois Tony® Awards), e Jobey and Katherine.  Seus trabalhos foram produzidos em inúmeros teatros nos EUA e ao redor do mundo, incluindo o Actors Theatre de Louisville, American Conservatory Theater, American Theater Company, Henry Miller’s Theatre, Manhattan Theatre Club, New York Stage and Film, Perseverance Theatre, Roundabout Theatre Company, Soho Rep, South Coast Rep, e The Old Globe, entre outros.  Greg é membro da companhia Neo-Futurists, da Cardiff Giant Theater Company e da Dramatists Guild. Ele cresceu em Wellfleet, Massachusetts e atualmente mora no Brooklyn com sua mulher Ayun Halliday, sua filha India e seu filho Milo.

Sobre Mark Hollmann

Ficou conhecido como o compositor e letrista de Urinetown – o sucesso musical que ganhou vários Tony Awards e que desafiou as convenções adquirindo enorme repercussão. Mark adentrou o mundo dos musicais e da ópera, especialmente Weill and Brecht, ainda no colégio. Estudou composição e regência na University of Chicago, se formando em 1985, e imediatamente compôs seu primeiro musical, Kabooooom!, em parceria com a dramaturga Mary DeSalle Kevern, que foi produzido em 1987 na University of Chicago. Depois do successo com Urinetown, Hollmann e seu parceiro Greg Kotis tomaram como inspiração o clássico filme de Alec Guinness The Man in the White Suit – sobre o cientista que desenvolve um tecido que é resistente a manchas e totalmente indestrutível e, portanto, uma ameaça à indústria têxtil – que estreou no Vassar College em 2005. A colaboração entre os dois continua desde então.

Sobre Zé Henrique de Paula

Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Foi assistente do cenógrafo J.C. Serroni em Nova Velha Estória e Trono de Sangue. Dirigiu A Comédia dos Erros, Judas em Sábado de Aleluia, É 20! As Folias do Século, Revelação, Noite de Reis, Naked Boys Singing, O Despertar da Primavera, R&J, Mojo, Side Man, Novelo, além das peças do repertório do Núcleo Experimental: Senhora dos Afogados, Cândida, As Troianas – Vozes da Guerra, O Livro dos Monstros Guardados, Casa/Cabul, O Contrato e Bichado. Atuou em O Jovem Hamlet, A Comédia dos Erros, É 20! As Folias do Século, Mojo, Camaradagem e Amargo Siciliano. Indicado ao Prêmio Shell em 2009 e 2010, como Melhor Diretor, por As Troianas – Vozes da Guerra e Side Man, respectivamente e em 2012 como Melhor Cenógrafo por Bichado e Melhor Figurinista por L’Illustre Molière. Foi indicado ao Prêmio APCA de Melhor Diretor em 2013 por Nossa Classe e em 2014 por Antes de Mais Nada e Preto no Branco.

Sobre Fernanda Maia

Pianista, atriz, diretora musical e preparadora vocal, pesquisadora, vem desenvolvendo intensa atividade profissional junto ao Núcleo Experimental e a outros grupos da cena teatral paulistana. Realizou juntamente com o diretor Zé Henrique de Paula, com quem mantém uma parceria de mais de 20 anos, alguns trabalhos inovadores no que se refere à música no teatro, como Senhora dos Afogados e As Troianas, Vozes da Guerra. Em 2010, fundou o Teatro do Bardo, uma companhia teatral que se destina a levar a canção brasileira para crianças e que já obteve 23 indicações a prêmios. Foi por diversas vezes indicada ao prêmio Shell, Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro, Prêmio Contigo, Aplauso Brasil, Femsa, APCA. Foi ganhadora do Prêmio Shell por duas vezes pelos espetáculos Lamartine Babo, de Antunes Filho com o CPT  (com o qual se apresentou em Portugal e Buenos Aires) e L’Illustre Molière, de Sandra Corveloni. Seu espetáculo infantil Menino Lua foi ganhador do Prêmio APCA de 2013 na categoria Melhor Musical Infantil. O mesmo espetáculo ganhou o prêmio Femsa de melhor trilha. Realiza um trabalho de formação de atores/cantores no Núcleo Experimental.

Sobre o Núcleo Experimental

O Núcleo Experimental é um grupo de artistas que se dedica a explorar novos autores e repensar os clássicos. Focando na busca de excelência artística, na formação e aperfeiçoamento de seus atores e na opção por textos que dialoguem com a sociedade contemporânea, uma de suas vertentes é, também, explorar a relação entre a música e o teatro. A vitalidade dos processos de criação é resultado do intercâmbio e maturação da equipe por meio do trabalho com profissionais de formação heterogênea. Além da equipe estável, vários profissionais da cena paulistana participam das montagens. Uma das características que justificam a existência de um grupo é a atividade contínua e rotineira de pesquisa de linguagem. Um repertório só pode ser resultado desta continuidade. Foram 11 peças produzidas, 14 indicações a prêmios e um público direto de mais de 90.000 espectadores. A política de repertório permite ainda ao Núcleo Experimental contar hoje com 55 atores e 14 técnicos.

Ficha técnica:

Texto: Greg Kotis e Mark Hollmann. Versão em Português: Fernanda Maia e Zé Henrique de Paula. Direção: Zé Henrique de Paula. Direção Musical e Regência: Fernanda Maia.  Elenco: Adriana Alencar, Arthur Berges, Bia Bologna, Bruna Guerin, Caio Salay, Fabio Redkowicz, Gerson Steves, Jonathan Faria, Luciana Ramanzini, Marcella Piccin, Nábia Vilella, Pier Marchi, Roney Facchini, Thiago Carreira,Tony Germano eZé Henrique de Paula. Músicos: Rafa Miranda (Piano), Clara Bastos e Pedro Macedo (Baixo), Abner Paul e Rafael Lourenço (Bateria), Flávio Rubens e Marco Rochael (Clarinete/clarone/Saxofone soprano e saxofone alto) e Valdemar Santos Nevada e Evandro Bezerra (Trombone).  Supervisão das Versões: Claudio Botelho. Cenários e Figurinos: Zé Henrique de Paula. Iluminação: Fran Barros. Preparação de Atores: Inês Aranha. Preparação Vocal: Fernanda Maia. Coreografia: Gabriel Malo e Inês Aranha. Projeto Sonoro: Raul Teixeira. Ass. Direção Musical: Rafa Miranda. Ass. Cenografia: Bruno Anselmo. Ass. Figurinos: Cy Teixeira. Arte Gráfica e Making of: Herbert Bianchi. Coordenação de Produção: Claudia Miranda. Ass. Produção: Louise Bonassi. Fotos: Ronaldo Gutierrez e Kim Leekyung.

Serviço:

URINAL, O MUSICAL

Temporada: De 17 de fevereiro a 21 de abril – Quartas e quintas, às 21h.

Ingressos: R$ 80,00 plateia / R$ 50,00 balcão e frisas

Classificação: 10 anos

Duração: 135 minutos (15 min de intervalo)

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3226.7300

Bilheteria:Terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h

Capacidade: 484 lugares

Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto na compra de 1 ingresso + acompanhante

Formas de pagamento: Todos os cartões de crédito e débito

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto

Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Praça da Luz/Rua José Paulino, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro

Happy HourRestaurante Gemma – quartas, quintas e sextas das 17h às 21h

Vendas: www.ingressorapido.com.br

Site: http://www.teatroportoseguro.com.br

Facebook: facebook.com/teatroporto

Instagram: @teatroporto

About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 140 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

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