6 coisas não se deve dizer a quem sofre de dor crônica

QualidadeVidaO quanto está doendo? Será que dá pra medir a dor? É possível dizer a quem dói mais? Sua dor é menor que a minha?

Quem sofre de dor crônica sabe que ela pode comprometer relacionamentos, o trabalho e a vida social. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas não entende o que as pessoas que têm dor nesse nível passam. Essa incompreensão de amigos e familiares acontece com muito mais frequência do que se imagina e não é por falta de empatia.

Um levantamento recente[i], apontou que 75% dos pacientes com câncer – que sentem dores persistentes por conta do tratamento  –  deixaram de participar de eventos familiares por causa da dor. Além disso, 46% passou a recusar convites de amigos para sair e 38% tiveram suas relações amorosas afetadas, gerando brigas e desentendimentos.

É realmente difícil saber o quanto a dor de alguém é real e, muitas vezes, incapacitante, afinal a dor é uma experiência bastante subjetiva, baseada em experiências e sensações. Por isso na avaliação da dor de um paciente o profissional de saúde deve acreditar sempre na intensidade relatada pelo paciente. Nesses casos, a comunicação é fundamental para que amigos, parentes, colegas de trabalho e até a equipe médica entendam o que alguém com dor crônica sente e como é possível ajudar.

Reunimos aqui algumas dicas de frases que devem ser evitadas serem ditas a quem sofre de dor crônica, vale conferir:

  1. “Você vai aprender a conviver com a dor” –É impossível saber o quanto o outro sente de dor. E se é possível ou não conviver com isso. O que você pode fazer é incentivar seu familiar ou amigo a procurar tratamento médico. Os medicamentos para dor estão sempre evoluindo e há diversos centros de estudo da dor distribuídos pelo país.
  2. “Dor é psicológico” – Tenha sempre em mente que a dor é subjetiva e, pode sim, ter um componente psicológico, mas, isso não significa que a dor não seja real. Os fatores psicológicos podem realmente influenciar e ampliar a sensação dolorosa.
  3. “Você precisa melhorar! Não para de falar de dor…” – Se você não aguenta mais ouvir queixas sobre dor, imagine quem as sente – certamente a pessoa está cansada delas. Por isso, não diga este tipo de coisa. Com certeza a pessoa com dor gostaria de sentir-se melhor, mas isso pode não depender apenas da vontade dela.
  4. “Não acredito que foi na minha festa por causa dessa dor?”– Tente entender. As dores crônicas muitas vezes impedem que a pessoa pratique ou participe de algumas atividades sociais. Por isso, compreenda caso um amigo com dor crônica cancele encontros, por exemplo. certamente ele gostaria de estar se divertindo com você ao invés de estar em casa sentindo dor.
  5. “Pense positivo, há pessoas em situações piores que você” – A subjetividade da dor não chega possibilita que a pessoa faça esse tipo de associação. Em vez disso, demonstre que você está ouvindo a pessoa e suas queixas. Tente: “eu nem chego perto de imaginar a sua dor, mas, pelo modo como você a descreve, realmente deve ser terrível e eu gostaria de ajudar de alguma forma” ou “deve ser terrível conviver com essa dor, você é um guerreiro”.
  6. Posso te ajudar de alguma forma? Quer outro remédio, chá, massagem? – Às vezes, não basta oferecer ajuda. É provável que a pessoa com dor recuse. Simplesmente faça alguma coisa para ajudar. Acompanhe seu amigo ou familiar a consultas médicas e procure fazer as atividades que ele não consegue por causa da dor – desde pendurar roupas no varal até amarrar os sapatos, por exemplo.

[i] Pesquisa online conduzida pelo Instituto Oncoguia em parceria com a Mundipharma. Realização: julho a outubro de 2015, com 344 pacientes oncológicos de todo o Brasil e que sofrem com dor.

[i] Pesquisa online conduzida pelo Instituto Oncoguia em parceria com a Mundipharma. Realização: julho a outubro de 2015, com 344 pacientes oncológicos de todo o Brasil e que sofrem com dor.

About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 153 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

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