Acompanhante Terapêutico (AT) é uma das ferramentas possíveis para se atuar em casos de tentativa de suicídio

Quando há esquiva ou dificuldade de o paciente ir até o consultório, o atendimento psicoterápico pode ser em domicílio

Para prevenir ou tratar tendências suicidas de jovens estimuladas por jogos na internet ou séries de TV, uma das ferramentas indicadas é o Acompanhamento terapêutico (AT), uma modalidade de atendimento psicoterápico que ocorre fora do consultório. O tratamento pode complementar a terapia dentro do consultório ou ocorrer de forma autônoma.

O acompanhante terapêutico pode atuar em diversos ambientes a depender dos objetivos traçados entre o profissional e o paciente. O trabalho é indicado para pessoas das mais variadas idades e dificuldades sociais e (ou) emocionais. “A prioridade é o desenvolvimento de comportamentos para a melhoria da qualidade de vida e de interação do paciente, na qual o terapeuta vai até o ambiente dele a partir de uma estratégia definida e planejada”, explica o psicólogo Filipe Colombini, professor do Curso de AT do AMBAN-IPq-HCFMUSP (Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).

Sobre a Equipe AT

A Equipe AT existe desde 2012 e é uma das precursoras do trabalho de Acompanhante Terapêutico no Brasil (www.equipeat.com.br). O grupo, que conta com vinte terapeutas, surgiu a partir da necessidade do psicólogo Filipe Colombini de reunir profissionais interessados no atendimento em ambiente externo, por acreditarem que a modalidade propicia ricas possibilidades de interação social para o paciente, contribuindo para o êxito do tratamento como um todo.Isso porque, o acompanhante terapêutico (AT) pode treinar na prática os comportamentos que foram desenvolvidos em conjunto com o paciente.

A partir de vivências em atendimentos no Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (AMBAN-IPq), no Hospital das Clínicas, ficou claro, para Colombini, a importância desta linha de trabalho. “Após os atendimentos no Amban, estudos a respeito da Terapia Comportamental e da riqueza de aproveitar os estímulos do mundo afora, a necessidade de criar uma equipe de ATs se mostrou urgente”, explica ele, que é o supervisor e coordenador da Equipe AT.

Além disso, circular e utilizar a própria cidade de São Paulo como uma estratégia de intervenção e avaliação é uma motivação e um ponto de partida para inúmeras pesquisas relacionadas à reabilitação e ressocialização. A Equipe AT promove feedbacks constantes e dá destaque para uma metodologia clara e acessível para todos os envolvidos.

Tipos de atendimento realizados pela Equipe AT:

*Atendimento focado em comportamentos sociais/emocionais – é o atendimento fora do consultório que busca o desenvolvimento de habilidades sociais para a reabilitação e ressocialização. A Equipe AT atende casos psiquiátricos tais como: transtornos do humor, transtornos de ansiedade, transtornos afetivos, transtornos do desenvolvimento, esquizofrenia, dependência química, entre outros.

* Atendimento focado na tutoria comportamental e pedagógica – é o atendimento fora do consultório que busca o desenvolvimento de comportamentos de estudo e funções executivas (organização, planejamento; técnicas de estudo e manejo da motivação, concentração e atenção). É muito indicado quando a criança ou adolescente tem dificuldades de aprendizagem e falta de hábitos de estudos. No caso do AT, ele domina os conteúdos pedagógicos e, ainda, atua como terapeuta, para auxiliar a melhora do cliente como um todo.

Minicurrículo de Filipe Colombini:
Psicólogo formado pela Universidade Mackenzie. Mestrando em Psicologia da Educação pela PUC-SP. Professor do Curso de AT do AMBAN-IPq-HCFMUSP. Formação em Acompanhamento Terapêutico pelo AMBAN-IPq-HCFMUSP. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Formação em Clínica Analítico-Comportamental Infantil e Desenvolvimento Atípico pelo Núcleo Paradigma Análise do Comportamento. Membro do Protanv – Projeto de Apoio ao Transtorno da Aprendizagem Não-Verbal. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Ensino (NEPEN/PUC-SP). Coordenador da Equipe Fluxo. Coordenador, supervisor e psicólogo da Equipe AT.

About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 153 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

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