Para mulheres que estão grávidas ou tiveram filhos recentemente, a prática do exercício físico é muito importante e traz benefícios, como o controle do peso, a diminuição do inchaço e enjoos, manutenção da postura e melhora da circulação sanguínea, por exemplo. A professora de educação física Cau Saad, que possui experiência de orientar gestantes a ter uma vida mais saudável, ainda pontua que treinar de maneira constante previne lombalgias, reduz o risco de desenvolver diabetes gestacional, a ansiedade, melhora os níveis hormonais, além de facilitar a recuperação no pós-parto.
A fundadora do Instituto Cau Saad reforça que, se a gravidez não for de risco e houver liberação médica para a prática, a gestante pode e deve incluir treinos em sua rotina, levando em conta o histórico de treinamento dela e o período de gestação em que ela se encontra. “É importante que a grávida sinta prazer em realizar a atividade para que dê continuidade durante o período de gestação, e isso inclui experimentar novos estímulos na rotina, como treinos de força (musculação e pilates), aeróbicos, como dança, natação, e atividades que conectam corpo e mente, como o yoga. A associação de mais de um estímulo traz bons resultados para a saúde da mãe e do bebê”.
Para ela, atividades com risco de queda devem ser evitadas, como hipismo e ciclismo, assim como modalidades com contato físico intenso, como futebol e lutas.
Cau explica que a intensidade do treino não será igual em todas as fases e que não há momento certo para parar o exercício físico na gravidez, a não ser que haja pedido médico para interrompê-lo e que cada mulher deve respeitar seus limites, podendo manter o treinamento até o final da gestação caso esteja apta. “Importante lembrar que é fundamental o acompanhamento de um profissional de educação física para manter a segurança e efetividade da gestante”.
Rotina com exercícios trouxe mais conforto na segunda gravidez de Rafa Brites (na foto)
A apresentadora e influenciadora gaúcha Rafa Brites, uma das alunas do Instituto Cau Saad, é mãe de Rocco e Leon, e teve uma relação diferente com os treinos durante as duas vezes em que engravidou. Na primeira gestação, entre 2016 e 2017, ela treinou por um período mas pelo fato de me sentir cada vez mais indisposta, deixou a rotina de se exercitar de lado. A mudança veio na segunda vez, em 2020, quando esperava Leon. “Percebi que quanto menos disposição eu tinha, mais eu precisava me movimentar, pois os treinos me traziam ela de volta”.
Rafa, que fez uma cesariana na segunda gestação, conta que passou a treinar de três a cinco dias na semana, tomando o cuidado de adaptar a intensidade das sessões para uma gestante. O foco era cuidar do controle dos inchaços, pois, segundo ela, é muito importante para uma gestante se movimentar. “Treinei até o penúltimo dia do parto, sempre acompanhada de uma equipe e não fazendo nos dias em que me sentia enjoada, por exemplo”.
Ela descreve que alguns dos benefícios de se manter ativa na gravidez foram sentir menos dor na lombar, engordar menos, se sentir menos inchada, mesmo com um intervalo de cinco anos de uma para a outra. “O exercício físico constante na gravidez me fez dormir melhor, ter mais humor e tônus para aguentar o peso da barriga ao longo dos nove meses”, diz Rafa, que um mês após dar à luz, voltou com atividades leves, como caminhadas e nenhum tipo que forçasse a região abdominal.