Muralista Eduardo Kobra entrega quarteirão inteiro de arte em Miami

JLYOEm 23 dias, o conhecido muralista brasileiro, acompanhado por artistas de sua equipe, pintou seis obras nos EUA: “Hamlet” e “Einstein vai à praia”, ambos em West Palm Beach; “Sopa de Letrinhas”, no Chalk Festival, de arte em 3D, em Sarasota; e, no Art Basel, grande festival de arte urbana em Wynwood, Miami, fez três obras em um mesmo muro: “O anjo caído”, referência aos graves problemas do nosso planeta, como guerras, terrorismo e às agressões ao clima; “Dê uma chance à paz”, (na foto ao lado) inspirado na clássica cena de John Lennon e Yoko Ono; e “Stop Wars”, com o personagem Yoda, de “Guerra nas Estrelas”. Além disso, Kobra restaurou seu próprio mural, “Artistas”, feito no ano passado, sobre Salvador Dali, Basquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol – que está na sequência das novas obras nos muros. Ao total, o quarteirão de Eduardo Kobra tem cerca de 80 metros de comprimento por cinco de altura. Os muros dos novos trabalhos pertencem ao famoso grafiteiro Brainwash, que cedeu o espaço para Kobra mostrar sua arte.

O muralista brasileiro Eduardo Kobra fez nos Estados Unidos uma verdadeira maratona de arte. Em apenas 23 dias produziu seis murais, em três cidades diferentes, além de restaurar um mural feito no ano passado. O muralista chega ao Brasil amanhã, 8 de dezembro, para planejar seus novos trabalhos e acompanhar a gravidez de sua esposa, Andressa Munin, que espera o primeiro filho do casal.

Kobra entregou ontem, dia 6, três murais em sua quarta participação no Art Basel, grande festival de arte urbana em Wynwood, Miami. Ao lado de outros dois artistas de sua equipe, fez o “O anjo caído”, referência aos problemas do planeta, como guerras, terrorismo e agressões ao clima, inspirado na escultura o “Anjo da Dor” que está em um cemitério em Roma (“Cimitero acattolico”); o mural “Dê uma chance à paz”, inspirado na clássica cena de John Lennon e Yoko Ono; e “Stop Wars”, com o personagem Yoda, de “Guerra nas Estrelas”. Além disso, Kobra restaurou seu próprio mural “Artistas”, feito no ano passado, sobre Salvador Dali, Basquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol – que está na sequência das novas obras. Ao total, o quarteirão de Eduardo Kobra tem cerca de 80 metros de comprimento por cinco de altura. Os muros dos novos trabalhos pertencem ao famoso grafiteiro Brainwash, que gerencia a carreira de Kobra no Exterior. Brainwash cedeu o espaço para Kobra mostrar sua arte.

“Eu tinha pensado em outras pinturas, antes de sair do Brasil. Mas em meio à viagem aconteceram no mundo fatos terríveis e catastróficos, como os Atentados em Paris e a Tragédia de Mariana. Tive de mudar radicalmente o que estava planejado”, diz. E acrescenta: “Entre todas as obras, acho que esse anjo caído representa muito tudo isso o que está acontecendo. Precisamos proteger mais o nosso planeta e falar sobre o tema da destruição do meio ambiente, ainda mais agora quando representantes de 200 países se reúnem na Conferência do Clima, em Paris”

              Antes de Miami, Kobra e equipe fizeram o mural “Hamlet”, com 7 metros de largura por 6 metros de altura, na fachada do Dramaworks Theater, ao lado da porta principal de entrada, no cruzamento da N Narcissus Avenue com a N Clematis ST, principal avenida de West Palm Beach, na Florida.

Ele iniciou o mural no dia 14 de novembro e trabalhou diariamente das 7h às 19h para a conclusão do trabalho e também de duas outras intervenções. É que Kobra e equipe fizeram simultaneamente uma obra em 3D, em sua quarta participação no Chalk Festival, em Sarasota, Florida; e um outro mural, também na avenida Clematis (o trabalho desenvolvido na lateral baixa de um prédio, com 3,65 metros de altura por 12 de comprimento, pertence à série “Muro das Memórias” e mostra um dos personagens mais recorrentes na obra do artista: o cientista Albert Einstein em um momento de descontração na praia, em Nassau Point, Long Island, Nova York, no verão de 39). Sobre o Chalk Festival, o tema deste ano foi “Eat, Drink and Be Merry”. De acordo com Kobra, a pintura “Sopa de Letrinhas”, com 10X5 metros, foi inspirada na obra poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. “Tive a ideia após reler um poema ‘Sentimental’, de Drummond”, revela o muralista

               Além das obras já citadas, Kobra fez intervenções em outros países, como os murais “O Beijo”, na High Line, em Nova York, EUA; “A Bailarina” (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia; “Arthur Rubinstein”, em Lodz, na Polônia; “Olhar a Paz”, em Los Angeles, Califórnia, EUA; “Fight for Street Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn, EUA; “Alfred Nobel”, na cidade de Boras, Suécia; “Ritmos do Brasil”, em Tóquio, Japão; “O Beduíno”, em Dubai, nos Emirados Árabes; e  “Bob Dylan – The Times They Are a-Changin”, em Minneapolis, Minnesota, nos EUA. Também fez obras no México, Taiti, Grécia, França, Itália e Inglaterra.

Os artistas Agnaldo Brito e Marcos Rafael acompanham Eduardo Kobra nessa viagem ao Exterior.

Mural ‘A Lenda do Brasil’ foi inaugurado no início de novembro

               Kobra, inaugurou no dia 10 de novembro, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, um imenso mural de Ayrton Senna. O artista trabalhou, com sua equipe de artistas, diariamente durante cerca de um mês no local, das 8h às 19h, para que a obra estivesse pronta até dias antes do Grande Prêmio de Fórmula-1 de Interlagos (que aconteceu dia 15 de novembro).  O mural “A Lenda do Brasil”, de 41 metros por 17,5 metros, fica na lateral inteira de um prédio na rua da Consolação, 2608 (esquina com a av. Paulista, em frente à Praça José Molina). Mostra, com cores vivas, o piloto de capacete e olhar expressivo. Para o trabalho, foram utilizados dois mil litros de tinta e 500 latas de spray. Senna é uma das grandes referências da vida de Eduardo Kobra. “Tinha há muitos anos o sonho de fazer um grande mural sobre esse exemplo de talento, determinação e superação”, afirma Kobra, que já pintou diversos murais sobre o tricampeão mundial de Fórmula 1 (nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, e que faleceu, ao bater violentamente nos muros da curva Tamburello, no GP de São Marino, em Imola, Itália, no dia 1º.  de maio de 1994).

“É certamente a pessoa que mais pintei em minha vida. Foram cerca de dez murais de pequeno e médio porte, além de uma tela. Embora eu não seja muito ligado aos esportes, Senna sempre foi um dos meus grandes ídolos. É para mim uma honra realizar agora um imenso mural em São Paulo sobre esse notável paulistano e brasileiro”, diz Kobra, que acrescenta: “Senna transformou o ato de dirigir carros de corrida em, além de um esporte, uma verdadeira arte, que encantava a todos. Esta minha arte é uma homenagem e também um agradecimento. Representa ainda, nesse momento tão difícil, uma inspiração para o povo brasileiro de que é sim possível acreditar que este pode ser um País vencedor”.

              Antes de fazer o mural, Kobra procurou pelo Instituto Ayrton Senna, que aprovou e apoiou o projeto. Para a viabilização do mural, Eduardo Kobra contou com o patrocínio da Audi do Brasil, empresa que tem uma ligação histórica com o tricampeão mundial. “Sem esse apoio não seria possível realizar esse sonho”, afirma. O artista pintou também, com grafias em homenagem ao piloto, um A3 Sedan que Posteriormente, o carro será leiloado, com a renda revertida para o Instituto Ayrton Senna.

 Kobra pintou mural de Bob Dylan em setembro nos EUA 

O muralista brasileiro Eduardo Kobra inaugurou em setembro uma de suas maiores obras no Exterior. Em agora, ele fez em Minneapolis, no estado de Minnesota, Estados Unidos, um gigantesco mural “Bob Dylan – The Times They Are a-Changin” (“Bob Dylan – Os Tempos Estão Mudando”), em uma parede 50 metros de largura por 28 metros de altura de um prédio Art Deco, na esquina da Henneping com a S. 5th Street, na área nobre da cidade.  “Mostramos no mural três diferentes fases da trajetória de Dylan, inspirados pelo título de uma de suas mais importantes canções, ‘The Times They Are a-Changin’. É um painel permanente, o maior que já fizemos fora do Brasil”, diz Kobra.

O cantor e compositor Bob Dylan (Robert Allen Zimmerman), chegou a viver em Minneapolis, mas nasceu em Duluth, em 24 de maio de 1941.  Ambas as cidades ficam em Minnesota.

O mural repercutiu muito nos Estados Unidos. Foi destaque de uma centena de veículos, entre jornais, revistas, emissoras de televisão, portais, sites e blogs.

Kobra foi convidado pela Goldman Sach, proprietária do prédio e de vários outros da região, dentro de um processo de revitalização do centro da cidade: “Queremos que Minneapolis seja uma cidade 24 horas. E a arte e a cultura em geral devem ser parte de cada passo que você der na região”, disse Joan Vorderbruggen, coordenadora artística do distrito. O mural de Eduardo Kobra sobre Bob Dylan inaugurou o projeto.

O artista brasileiro destaca a importância do mural: “Realizamos essa obra no lugar mais importante da cidade, em meio edifícios modernos, em um mural de 1.400 metros quadrados, o maior, como já disse, que já fiz no Exterior. Além disso, ficará de forma permanente. Com tantos artistas talentosos que existem aqui no Estados Unidos, fui o convidado para inaugurar este projeto maravilhoso de revitalização”, afirma. Kobra destaca que muitas pessoas acompanharam o processo de criação do mural. “Muitos fãs do Bob Dylan fizeram questão de divulgar a cena, além de algumas pessoas que já conhecem o meu trabalho”, diz, acrescentando que uma artista de Minneapolis, Sarah Peterson, de 65 anos, foi todos os dias até o local para desenhar o mural em cada passo de sua construção.

Recentemente Eduardo Kobra chamou a atenção de todo o País com o projeto “São Paulo: uma realidade aumentada”, com dez intervenções – uma por dia, em diferentes regiões da cidade, como Cracolândia, Paraisópolis e Capão Redondo – que destacaram principalmente questões sociais da maior cidade do País.

Japão, Emirados Árabes e Taiti

                Eduardo Kobra entregou no dia 10 de maio deste ano um mural em Papeete, no Taiti, maior ilha da Polinésia Francesa. O trabalho, ainda sem nome, mostra duas nativas da região e tem 15 metros de altura por 8 de comprimento. “Fomos convidados por um grupo independente da cidade, envolvidos com arte pública na França. E levamos seis dias para fazer o mural”, conta Kobra, que acrescenta: “tivemos a oportunidade de visitar alguns nativos da região em ilhas próximas, como Moorea, o que nos ajudou na inspiração para o mural. Pouco antes, no início de maio, Kobra entregou o impactante mural “O Beduíno” em Dubai, nos Emirados Árabes, com 30 metros de altura por 12 metros. “Quis mostrar um personagem que permanece fundamental para a formação de Dubai, mesmo com toda a modernidade da cidade”, afirma Kobra.  A obra impressionou a população da cidade. O muralista foi destaque de capa em diversos jornais e revistas e foi entrevistado por quatro televisões do país. Kobra também fez em Dubai a “Flor do Deserto”, obra em 3D, com 10X6 metros (foto abaixo). “Inspirei-me naquelas famosas imagens de barcos montados dentro de garrafas; na minha obra, a água é derramada, formando Dubai, como um Oásis, já que onde Dubai é também conhecida como a Flor do Deserto, diz. “O tema do novo trabalho são as pessoas do Taiti. Para criar o desenho, procurei inspirar-me na monumental obra de Paul Gauguin, que foi tão influenciado pelas cores, sabores, aromas e, claro, pela gente do Taiti”, diz Kobra.

               Na primeira quinzena de abril Kobra fez em Tóquio duas intervenções, que “conversam entre si” na Shibuya Scramble Crossing, a mais famosa esquina do badalado bairro de Shibuya, na capital japonesa.  Em uma parede de 18 metros de comprimento por 4,5 de altura, ele pintou estilos musicais e imaginários personagens da música brasileira. O nome do trabalho é “Ritmos do Brasil”. Do outro lado da rua, em um mural de 7,3 metros por 13,7 metros, Kobra fez uma japonesa do século 19 (obra ainda sem nome definido), que observa a outra obra, em uma espécie de portal do tempo. “Essa personagem clássica olha para o trabalho e descobre no Brasil um país com grande diversidade musical”, diz Kobra.

                Antes de viajar para Japão, Emirados Árabes e Taiti, Kobra fez no Recife, Pernambuco, o mural “Gonzagão”, com 77 metros de altura por 16 metros de largura. É a lateral de prédio com mural mais alta da América Latina e a maior obra, em altura, já feita pelo artista. O trabalho retrata o cantor e compositor Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912, Exu, a 2 de agosto de 1989, no Recife), o Rei do Baião, com seu chapéu de couro e inseparável sanfona…                 No início de novembro, entregou para São Paulo um painel colorido, retratando o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e o escritor Ariano Suassuna. O painel, medindo 11 metros de altura por 17 metros de largura, ocupa toda a lateral prédio da Fnac Pinheiros, na avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros. Pouco antes, no dia 20 de outubro, Kobra finalizou a grande intervenção que fez desde junho em dois grandes tanques de armazenamento de gases da empresa Linde, na rodovia Cônego Domenico Rangoni, no trecho do Sistema Anchieta-Imigrantes que liga Cubatão ao Guarujá, onde passam diariamente milhares de veículos. “Sempre antes de viagens internacionais, faço questão de fazer intervenções no Brasil, especialmente em São Paulo, que é a minha base, onde me inspiro e recomponho minhas energias”, diz Kobra.                   Em setembro e início de outubro de 2014, Kobra viajou por quatro países – Suécia, Polônia, França e Estados Unidos -, onde fez vários murais e outros trabalhos, como a pintura de um carro em Paris e a pintura das latas da água Perrier (Em 83, quem pintou a Perrier foi Andy Warhol).                     Em junho do ano passado, Kobra fez no México o mural “MariArte”. Ainda em 2014, Kobra fez em Roma, em maio, o mural “Paz” (onde destacou a jovem paquistanesa Malala Yousafzai) e inaugurou sua primeira exposição individual no Exterior, “Peace”, na Dorothy Circus Gallery também na capital italiana, onde apresentou dez obras com personalidades que, segundo ele, influenciaram o planeta “no caminho da paz e da harmonia entre homens e mulheres de diferentes países, raças e religiões”:  Malala Yousafzai, Dalai Lama, Albert Einstein, Madre Teresa, Bob Marley, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Papa (João Paulo II), John Lennon e Martin Luther King.

Sobre a trajetória recente de Eduardo Kobra

Kobra é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Seu talento brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade. Com os desdobramentos, que a arte urbana ganhou em São Paulo, ele derivou – com o Studio Kobra, criado em 95 – para um muralismo original – inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores mexicanos e no design do norte-americano Eric Grohe — beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro.                   É interessante ressaltar que Kobra não faz intervenções sem pedir antes a autorização do poder público ou do proprietário do imóvel. Kobra é autor do projeto “Muro das Memórias”, que busca transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade. Os desenhos são a síntese do modo peculiar de Eduardo Kobra criar – através do qual pinta, adere, interfere e sobrepõe cenas e personagens das primeiras décadas do século XX. Essas obras são uma junção de nostalgia e modernidade, por meio de pinturas cenográficas, algumas monumentais. Através delas cria portais para saudosos momentos da cidade “A ideia é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a constante agitação de hoje”, diz o artista.                   Desde 2006 já foram entregues cerca de 30 murais em avenidas e ruas de São Paulo. Em janeiro de 2009, entregou para o aniversário de São Paulo um mural de 1000 metros quadrados na av. 23 de Maio, que mostra cenas da década de 20. Kobra, que nunca faz uma intervenção sem pedir antes a autorização do poder público ou do proprietário do imóvel, pediu a autorização para a a obra. O então prefeito Gilberto Kassab (“Lei da Cidade Limpa”) prestigiou a inauguração do muro da av. 23 de maio, o que é visto como um marco para a arte de rua, porque pouco antes os fiscais de Kassab andavam destruindo várias obras de artistas urbanos.  Em janeiro de 2013, Eduardo Kobra fez a impressionante obra “Oscar Niemeyer”, para o aniversário de São Paulo.                  Kobra, inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos (muito difundida por nomes internacionais, como Julian Beever e Kurt Wenner). O artista realizou diversas obras em 3D, como na Praça Patriarca, no centro da Cidade, a primeira no Brasil; e na Avenida Paulista, símbolo da megalópole. A técnica anamórfica consiste em “enganar os olhos”. A pintura é distorcida ou mesmo incompreensível na maioria dos ângulos de visão, mas ao ver do ângulo correto, estipulado pelo artista, se torna um 3D com incrível variação de profundidade e realismo.                     Paralelamente, Kobra desenvolve sua produção pessoal, que passa pela pesquisa de materiais reciclados e novas tecnologias. Recicla e recria momentos e formatos das histórias da Arte e das cidades, especialmente de São Paulo. Kobra tem sido muito procurado para decorar também para pintar restaurantes, bares e residências. Participou de várias edições da Casa Cor São Paulo e da Bienal de Arquitetura de São Paulo.                   Eduardo Kobra começou como pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como um muralista. Tornou-se conhecido pelo seu projeto Muro das Memórias, onde faz releituras de cenas da São Paulo antiga, como o muro de 1.000m2 na av. 23 de maio. Nos últimos anos também se dedicou muito a outros projetos, como surpreendentes obras em 3D e o projeto Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens fortes de matança de animais e destruição da natureza; e homenagens a personagens que marcaram a história, em diferentes áreas, como Albert Einstein, Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Abraham Lincoln, Maya Plisetskaya Salvador Dali, Barquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol.     Veja a seguir as algumas das obras de   Eduardo Kobra no Brasil e no Exterior     Exterior:

1 – O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA

2 – Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia

3 – Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida, EUA

4 – A Bailarina (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia

5 – Malala, em Roma, Itália

6 – Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia, EUA

7 – Sarasota Antiga, em Sarasota, Flóriada, EUA

8 – Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA

9 – Fight for Street Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn, EUA

10 – Alfred Nobel, na cidade de Boras, Suécia

11 – MariArte, em San Miguel de Allende, México

12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão

13 – O Beduíno, em Dubai, nos Emirados Árabes

14 – Mural ainda sem nome, Papeete, Taiti

15 – Bob Dylan, The Times They Are a-Changin. Minneapolis, Minnesota, EUA

16 –  Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA

17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA

18 – Give Peace a Chance,  Wynwood, Miami, Flórida, EUA

19 – Stop Wars  –  Wynwood, Miami, Flórida, EUA

20 – The Fallen Angel  (O Anjo Caído),  Wynwood, Miami, Flórida, EUA

Brasil

1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av. Paulista, em São Paulo, São Paulo

2 – A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias), av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo

3 – Belém Antigo, esquina da rua Castilhos França com a rua Portugal, em Belém, Pará

4 – Candango, no Complexo Bancário, em Brasília.

5 – Chico e Ariano, na avenida Pedroso de Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.

6 – Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.

7 – Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias), av. 23 de Maio (próximo ao viaduto Tutóia), em São Paulo, São Paulo.

8 – Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do MAM, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, São Paulo.

9 – Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São Paulo.

10 – Muro das Memórias Caixa d’água, Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo.

11 – AltaMira (projeto Greenpincel), rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.

12  – Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.

13 – Gonzagão, Recife, Pernambuco.

14 –  Viver, Reviver e Ousar, Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.

15 –  Brasil!, muro da usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.

16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel), av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo.

17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes, av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.

18 – Racionais MC’s, Capão Redondo, São Paulo, São Paulo

 19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São Paulo, São Paulo   20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São Paulo    O grande ano de 2013                   No início de 2013, Eduardo Kobra foi notícia em mais de 50 países ao inaugurar no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, na parede lateral do edifício Ragi, na Praça Oswaldo Cruz (número 124), no início da Avenida Paulista, em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, falecido no dia 5 de dezembro de 2012. Ele pintou um retrato do artista, com várias referências às suas grandes obras (aparecem no desenho a Pampulha, o Copam, o Museu Oscar Niemeyer e o Palácio do Planalto). A obra tem 52m de altura por 16m de largura.           Nesse ano, além de realizar inúmeros trabalhos em São Paulo, Kobra se projetou de vez internacionalmente. Fez em Los Angeles, ao lado de Agnaldo Brito, artista do Studio Kobra, o mural “Olhar a Paz”, de 400m2, no “La Gays Lesbian Center”, na Highland Ave, em Hollywood. O mural de Kobra mostra três ganhadores do Nobel da Paz: Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela e Martin Luther King. Também em setembro, o brasileiro fez no muro do atelier de Mr Brainwash a obra “Einstein”. Ao final do ano, acertou com Mr. Brainwash que terão um atelier juntos em Los Angeles já em 2014.                  Em outubro, o muralista foi para Moscou, a convite da Prefeitura da cidade, para pintar um novo painel, de 16mX10m, em homenagem a um dos principais nomes da historia do balé russo e mundial: Maya Plisetskaya, de 88 anos. No dia 14 de outubro, Kobra avisou, minutos antes de sair da Rússia, que havia deixado em Moscou mais um mural, feito sem convite ou permissão oficial: a obra “Ana”, onde pedia a liberdade para a ativista Ana Paula Maciel, do Greenpeace. “Ana” foi pintada no bairro Mendeleevskaya, próximo à estação de metrô do mesmo nome, em um local tradicional da Street Art de Moscou. Foi toda feita com spray. A produção da obra demorou cerca de cinco horas. “Primeiro pintei o urso e só ao final escrevi a mensagem, para não despertar tanta atenção de quem passava pelo local”, diz Eduardo Kobra. “Foi maravilhosa a forma como fui recebido em Moscou e São Petersburgo. O tempo todo fiquei impressionado com a força da cultura russa, em seus variados aspectos, mas não poderia deixar de registrar o meu protesto contra a prisão da ativista do Greenpeace. Afinal, não podemos tolerar a falta de liberdade para a expressão”, afirmou na época Eduardo Kobra. O protesto do “artista brasileiro corajoso” foi destaque em sites e jornais de diversos países.                   De volta a São Paulo, fez no São Paulo Fashion Week um carro em 3D com grande repercussão. Logo a seguir fez nova viagem para os EUA. Primeiro fez em Lexington, Kentucky, uma releitura da famosa obra do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln. O belo trabalho, com cerca de 18 metros, foi realizado na parede de trás de um teatro centenário de Kentucky, e traz o estilo mais recente de Kobra, que une o traço realista com cores vivas. O trabalho foi elogiadíssimo e apareceu em diversos jornais da região. Após Lexington, Kobra seguiu para Sarasota, para participar, pela terceira vez, do Festival de Arte em 3D, um dos maiores do mundo. Depois, foi para Miami para a Art Basel, principal feira de artes do mundo. Fez um grande mural com Salvador Dali, Barquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol, na principal avenida de Winwood.                    Depois, pintou um carro na galeria de arte Babu, em homenagem ao ator e diretor Clint Easwood. Antes de voltar ao Brasil, fez o mural “Tupac and Biggie”, sobre os rappers Tupac Shakur e Notorious B.I.G, em frente ao Winwood Wall, principal ponto de referência dos artistas de rua e Miami. O muro virou um ícone na cidade.

Sobre o Mural “O Beijo”

               O belíssimo mural “O Beijo” foi produzido em junho de 2012, em Manhattan, na região de Chelsea (no 255 10th Avenue), conhecida por abrigar algumas das melhores galerias de arte de Nova York. Durante  duas semanas em que durou a pintura do mural, norte-americanos e turistas fotografaram e filmaram tanto o mural que um funcionário da High Line (antiga linha de trem que hoje virou um importante ponto turístico em Nova York, de onde há uma visão privilegiada para o trabalho de Kobra), precisou permanecer o tempo todo no local pedindo para as pessoas não permanecerem muito tempo paradas, para não causar aglomeração.

                Em pouco tempo o local se tornou um cartão postal da maior cidade norte-americana. Diariamente centenas de turistas curiosos e muitos casais apaixonados vão até o local para fotos.  “É um trabalho de grande repercussão e interação com o público. Como a parte superior do mural está totalmente voltada para o público que caminha pela High Line, muita gente para acompanhar o nosso trabalho.  Nunca vi coisa parecida”, diz Kobra.                   O tema escolhido para a obra remeteu a Times Square da década de 40. “Em uma das nossas longas caminhadas que fizemos antes de decidirmos o que e onde pintar, chegamos a Times Square e fiquei profundamente emocionado, com todo aquele movimento, as pessoas do mundo inteiro,  os painéis enormes e coloridos e a vida pulsando. Buscamos algumas referências e chegamos ao famoso beijo da Times Square (beijo de um marinheiro em uma enfermeira, que ilustrou na capa da revista Life o fim da II da Segunda Guerra Mundial, retratado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, em 14 de agosto de 1945, dia em que o Japão se rendeu aos EUA).    Esta foi a base deste novo mural. O objetivo foi sensibilizar e mostrar que, mesmo com toda a correria, mesmo com o mundo dos negócios a todo vapor, o Amor está no Ar em Nova York!”, diz Eduardo Kobra.

Mais sobre o artista                  Em novembro de 2012, Kobra retratou duas obras de Niemeyer – a catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como catedral de Brasília, e a Igreja São Francisco de Assis da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais – no grande mural que fez na Usina Termelétrica Norte Fluminense, em Macaé, Rio de Janeiro (foram ao total 12 painéis com homenagens a monumentos ou construções icônicas de dez cidades brasileiras, além de Paris). “As obras da usina projetei e fiz quando Niemeyer era ainda vivo. Depois, embora ele não fosse paulista, quis homenageá-lo no aniversário de São Paulo, em um dos cartões símbolos da cidade, que é a região da av. Paulista. Afinal, ele era um cidadão do mundo”, diz Kobra.                  A pintura de Niemeyer e as obras na usina de Macaé se inserem na mesma da mesma linha dos trabalhos que produziu no ano passado nos EUA, com grande repercussão, quando transpôs o Monte Rushmore de Keystone, em Dakota do Sul, para Los Angeles, na Califórnia (trabalho citando no início do release); e fez o belíssimo mural “O beijo’ em Manhattan, na região de Chelsea, conhecida por abrigar algumas das melhores galerias de arte de Nova York.

Veja a seguir uma síntese das linhas de trabalho de Eduardo Kobra

Muro das Memórias – projeto mais antigo e constante de Eduardo Kobra, que pinta São Paulo antiga. Há cerca de 40 trabalhos em São Paulo. Cria um contraste entre o antigo e o contemporâneo. Na av. 23 de maio, em seu maior trabalho, de mil metros quadrados, as pessoas passam em seus carros, como máquinas, a toda velocidade. O lado humano da avenida está justamente nos rostos pintados no muro. O artista desenvolve trabalhos do Muro das Memórias em outras cidades. Fez, por exemplo, lindas criações em Belém (PA), Rio de Janeiro e Santa Maria (RS), além de cidades em diversos países, como Estados Unidos, Suécia, França, Inglaterra, Rússia, Polônia, México e, agora, Japão, Emirados Árabes e Taiti.

3D – Kobra é pioneiro nesta arte. Surpreendeu São Paulo fazendo um carro em 3d na Praça do Patriarca. A obra tinha cerca de 30 metros de largura por oito de comprimento. De 98% das posições o espectador via uma mancha no chão. De dois por cento via um carro, “real”, na frente. Fez um Pelé na Av. Paulista; um Michael Jackson no Rio de Janeiro (junto com o artista plástico Romero Brito); uma piscina no Rio (homenagem às Olimpíadas); monumentos de Brasília na Esplanada dos Ministérios e um canyon com elementos brasileiros e sul-africanos na Praça do Patriarca, em São Paulo, durante a Copa do Mundo de 2010. Ao total, fez cerca de 20 trabalhos em 3D no Brasil. Em 2011, participou e foi premiado no Sarasota Chalk Festival, maior evento de 3D do mundo (ler em trabalhos internacionais, ao final do release).

Galeria de Céu Aberto – O artista começou a colocar seus quadros em muros e outros espaços da cidade de São Paulo. Quer mostrar para as pessoas que a arte é acessível, que todos podem entrar em galerias. “Muita gente pensa que não gosta de arte simplesmente porque nunca entrou em museus e galerias”, afirma Eduardo Kobra que há pouco mais de quatro meses fez uma obra deste projeto em muro da Praça Panamericana.

Galeria – Kobra se firma como artista plástico. Sua arte é cada vez mais encontrada também nas galerias. Em outubro de 2008, fez na galeria Michelangelo, em São Paulo, a elogiada exposição “Lei da Cidade que Pinta”, onde placas, outdoors, luminosos e outros materiais de comunicação visual retirados pelos fiscais e funcionários da Prefeitura ressurgiram como suporte para as obras de arte. Em julho de 2009 fez, também em São Paulo, na galeria Pró Arte, a exposição “Visitas”, sucesso de crítica e público.

Greenpincel – O projeto que o artista desenvolve desde março de 2011, buscando alertar e combater as agressões do homem aos animais e ao planeta como um todo.  Kobra entregou vários murais para a cidade de São Paulo, dentro do projeto. Fez em julho um chocante mural de “boas-vindas”, chamado “Welcome to Amazônia”, na av. Rebouças, 167, com cerca de 7mX5m. O cenário mostra um ambiente arrasado. Pouco antes, concluiu o  mural “CO2”, na rua Alvarenga, 2.400, com cerca de 10mX5m, também parte do seu projeto Greenpincel, iniciado com o mural “Navio Baleeiro” (obra crua e forte, baseada em uma cena da caça de uma baleia pelo navio Yushin Maru), realizado em março na rua Domingos de Morais, na Vila Mariana. No dia 26 de agosto, Kobra e outros artistas do Studio Kobra pintaram o mural “Sem Rodeios”, na av. Brigadeiro Faria Lima, depois de ficar chocado com as imagens nos jornais e sites do bezerro abatido pelo peão César Brosco durante a 56ª. Festa do Peão de Barretos. Em setembro, fez na rua Cayowa, em Perdizes, o mural “Mar da Vergonha”, onde critica o massacre de centenas de golfinhos no início de setembro, na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha japonesa de Honshu. Em outubro do ano passado fez o mural Alta Mira, onde critica a construção da usina, trabalho que atingiu grande repercussão de público e mídia.    Segundo Kobra, o Greenpincel denuncia e combate artisticamente as várias formas de agressão do Homem à natureza. “Todas as tragédias naturais que têm acontecido em nosso planeta mostram que proteger os animais e a natureza como um todo é também uma forma de protegermos o ser humano. Particularmente, sou um apaixonado por plantas e animais. São temas que namoro há muito tempo e, por isso, decidi que já era hora de colocá-los também dentro do meu trabalho como artista”, diz. O Greenpincel marca uma nova etapa nas obras de rua do artista, que buscam basicamente preservar a memória e trazer beleza aos paulistanos, em meio à correria do dia-a-dia. “Gosto muito de resgatar a história e levar beleza às ruas das cidades, o que faço principalmente no projeto ‘Muro das Memórias’, mas há situações em que devemos denunciar, mostrando artisticamente as agressões feitas contra o nosso Planeta”, afirma.

Personalidades – Série que homenageia personalidades importantes da história, como o arquiteto Oscar Niemeyer e o compositor Adoniran Barbosa além de nomes como Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela, Martin Luther King e Albert Einstein.

Mosaicos – É fase mais recente do trabalho de Kobra. Usa aspectos coloridos e figuras geométricas sobrepostas nas cenas. Esta técnica dá profundidade e cor aos trabalhos. Alguns exemplos desta fase são os já citados murais “O Beijo está no Ar”, em Nova York; e o trabalho de agora em Moscou.  Às vezes a técnica pode se mesclar a outros estilos ou linhas de trabalho do artista. A recente homenagem a Oscar Niemeyer pertence à fase Personalidades e também à fase Mosaicos.

Trabalhos Internacionais em 2011 e 2012 (os outros trabalhos destacamos no início do release) – Além dos trabalhos destacados no início deste release, o muralista e artista plástico fez, em 2011 e 2012 diversos trabalhos no Exterior. Em maio de 2011, em Lyon, França, pintou o mural Imigrantes (de 17mX3,5m), no bairro de Guillotiére, que é conhecido por abrigar muitos imigrantes, vindos de diversos países e continentes. Um novo projeto da Prefeitura da cidade prevê a demolição de várias casas e prédios históricos dessa região, para a construção de uma ampla avenida, trazendo modernidade às custas da perda de patrimônio histórico e, principalmente, da retirada de antigos moradores. “Minha pintura fez parte de uma série de eventos e protestos contra essa ação da Prefeitura”, explica o artista.  Todo o processo produtivo de Kobra foi acompanhado pelo francês Gilbert Codene, líder de uma das principais equipes de pintores muralistas no mundo. Antes de Lyon, Kobra passou por Londres, onde fez, em abril, um mural na bicentenária Roundhouse. Nesse muro já existiram outros trabalhos. O primeiro foi do famosíssimo grafiteiro Banksy (um documentário sobre ele concorreu ao Oscar). O trabalho de Banksy foi atacado por uma senhora que mora no bairro e não gostou da obra, destruindo-a com tinta branca. Pouco depois, artistas utilizaram o muro para protestar, desenhando uma onça e colocando frases contra o ataque. A Roundhouse fica no Camden Town, um dos bairros mais descolados de Londres e é umas das casas mais importantes da capital inglesa. Por lá já se apresentaram nomes como Mick Jagger.

Na Grécia, Kobra fez, com Agnaldo Britto Pereira, em um ponto nobre de Atenas (próximo à estação do metrô Pefkakia),  o mural “Evolução Desumana”, com cerca de 35 metros de comprimento por cinco de altura, dentro de seu projeto  Greenpincel.  Após passar cerca de um mês em Atenas, voltou ao Brasil no final de agosto, após concluir o mural, que havia sido atacado por religiosos, revoltados com o que chamavam de agressão a Deus, já que “Evolução Desumana” trazia da evolução segundo Charles Darwin.

“Sempre respeitei as culturas e as religiões. O meu trabalho é com Arte Urbana e, claro, ele acontece principalmente nas ruas, o que aumenta ainda mais a minha responsabilidade, já que minhas obras são vistas por todos os tipos de pessoas. Mas parece-me claro que o fato de não gostar de algum trabalho artístico, por sua qualidade ou temática, não dá a ninguém o direito de destruí-lo. Se assim o fosse, esses religiosos poderiam entrar no Museu de História Natural de Nova York, onde a evolução da espécie e, principalmente, humana é mostrada de forma realista, e destruírem tudo! Respeitar o direito de expressão é básico na Democracia que, por sinal, começou aqui na Grécia. Por isso decidimos, ainda que exista algum perigo de um novo ataque ao muro, refazer o trabalho, com algumas modificações estéticas, mas ainda dentro do mesmo tema. Não podemos ceder espaço para os intolerantes”, diz Eduardo Kobra.

O muralista viajou para Atenas a convite de Kiriakos Isofidis, sócio da editora Carpe Diem, que já publicou três livros sobre muralismo (“Mural Art Book 1, 2, e 3”),. O terceiro volume de “Mural Art Book” traz duas páginas sobre o trabalho de Kobra.

Desde 2011, Kobra é convidado para participar do  nos EUA do Sarasota Chalk Festival, maior evento de arte em 3D no mundo, e da Art Brasel, grande festival de arte urbana em Wynwood,  Miami.

Panorâmica do quarteirão pintado por Eduardo Kobra em Wynwood, Miami.  

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About Dina Barile

Recebi o título de Doutora em Viajologia, depois de viajar por 140 países e pisar em todos os continentes. Recebi um troféu do Rank Brasil, pois sou a primeira e única mulher brasileira a ter estado na ESTRATOSFERA. Experimentei a Culinária de todos os países por onde passei. Expert nos temas Turismo, Gastronomia e Beleza, convido todos os leitores para um Passeio Turístico e Gastronômico por todos os Continentes.

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