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Dono do bem-sucedido Tantin, chef assume imóvel vizinho e vem com uma nova proposta, mas sem perder a brasilidade
Marco Aurélio Sena é um chef que viajou o mundo sem sair da cozinha. Entre outras experiências, aprendeu os segredos da culinária coreana no Komah, se enveredou pelos sabores do sudeste asiático no Marakuthai e desbravou um pouco de Espanha no extinto Me Vá. Há pouco mais de um ano, fincou os pés no Brasil com a abertura de seu primeiro negócio solo, o bem-sucedido Tantin, que ocupa uma esquina com alma de botequim em Pinheiros. Agora, ele volta seus olhos para o litoral, com a inauguração na próxima sexta (6/10) do Ventre Cozinha e Coquetelaria.
Instalada num sobradinho vizinho ao bar primogênito, igualmente despretensioso e por onde espalham-se 48 lugares pelos dois pisos, a casa se propõe a combinar coquetelaria de primeira com receitas que têm por base os peixes e frutos do mar. “Tudo chega fresquíssimo, até três vezes por semana”, conta Sena, que compra parte desses insumos na Ceasa e o restante diretamente de pescadores do Litoral Sul do estado.
Com eles, o chef faz maravilhas como o Pintado Sando, um sanduíche de pintado empanado mais molho tártaro com pimenta de cheiro, alface e ovas de peixe (R? 45), e o Alegria, Alegria, cremoso bolinho de vatapá com camarão seco, acompanhado de salada de tomate verde com pimenta de cheiro (R? 42). Nesse capítulo dos petiscos, batizado de Primeiro Ato, há também espaço para o Siri de Feira, massa crocante que tem recheio cremoso de siri e um toque de gengibre, estragão e limão (R? 44).
Para o Segundo Ato, composto de pratos mais substanciosos, tem o Do Mar, com polvo e camarão no azeite servidos junto de purê de mandioquinha, alho crocante e salsa verde (R? 98), e o Itália Pandeiro, um spaghettini com tartare de camarão, molho de limão-cravo, espinafre, azeite de coentro e de urucum (R? 76). Também promete fazer sucesso o arroz do dia, que pode aparecer em versões como lula com abóbora e polvo com tomate assado. Já para os que não são muito afeitos aos pescados, Sena oferece uma bela costela assada por doze horas só com sal grosso (R? 68). Batizada de Churrascão de Domingo com Algo A+, a carne vem guarnecida de mandioca na manteiga de garrafa, farofa de pão de alho e cebola em conserva. Ao final, um picolé de caramelo salgado com flores e castanha do pará (R? 30) promete deixar tudo mais doce.
Com um nome que remete a aconchego e conforto, nas palavras do próprio chef, o Ventre tem logo na entrada o balcão que convida a beber despretensiosamente, sozinho ou acompanhado. De lá saem os drinks executados com esmero pelo bartender Carlos Jucá, caso do Buganvília, de cachaça de jambu infusionada com amora, licor de pêssego e limão-cravo (R? 32), e o Origem, feito com gin, xarope de pimenta-rosa, tônica, limão-siciliano e mel (R? 32). Além dessas e de outras seis pedidas autorais, há todo um capítulo dedicado aos clássicos, como Dry Martini (R? 38), Fitzgerald (R? 32), Rabo de Galo (R? 32), Negroni (R? 38) e, claro, caipirinha (R? 32). Cervejas long neck e uma cuidadosa seleção de vinhos, com destaque para os brancos, completam a lista de opções.
Ventre Cozinha e Coquetelaria. Rua Capitão Prudente, 253, Pinheiros | Horário de funcionamento: segunda, das 12h às 16h; terça a quinta, das 12h às 16h e das 18h às 23h; sexta, das 12h às 15h e das 18h à 0h; sábado, das 12h à 0h; domingo, das 12h às 17h | @ventrecozinha
